terça-feira, 29 de julho de 2014

Lenda urbana: O homem da capa preta

Desde muito criança me lembro de ter um vizinho meio estranho, ele sempre se vestia de preto e nunca falava com ninguém, ele só olhava a todos na rua, ficava uns dez minutos parado em sua varanda e entrava. Eu não sei o porque, mas contando isso agora me veio a mente que eu nunca havia reparado em sua casa, e olha que eu moro aqui a mais de 15 anos.
Esses dias eu estava aparando a grama do quintal e meu irmão e nosso cachorro brincavam quando a bola deles caiu no quintal do vizinho, próximo a varanda, eu pedi pra ele pegar a bolinha, mas ele olhou pra mim e me ignorou, então pedi permissão para poder ir até lá pegar, novamente ele me ignorou, meu irmão me olhava com uma cara de medo, e meu cachorro latia, alias, meu cachorro late toda vez que nosso vizinho aparece. Eu fui até o quintal dele e peguei a bolinha, eu tentei olhar na direção do vizinho, mas era impossível, já que ele não estava mais no mesmo lugar, eu procurei por todos os lados e nada dele, então me levantei e me virei, então
estava lá ele, parado me encarando, achei estranho, pois seu rosto estava negro, parecia que ele tinha se sujado de graxa e seus olhos, parecia que tinha fumado um baseado. Obviamente eu me assustei, desviei devagar e andei rapidinho quase correndo pro m quintal de casa de volta, meu cachorro não parava de latir e rosnar e meu irmão estava mais assustado do que antes.
Mais tarde, no mesmo dia durante o jantar, meu irmão comentou sobre aquela cena que pra ele era no mínimo bizarra, ele disse aos meus pais que eu tinha falado sozinha, e depois me assustado com nada, parecia que eu estava tentando conversar com um fantasma que me ignorava, eu no mínimo irritada e um pouco irônica disse que falava com o vizinho, que o louco era ele, minha mãe assustada me disse : ” Desse lado esquerdo (o lado da casa desse tal vizinho) não há ninguém, ali é só ruínas, sempre foi assim”, eu achando que eles estavam brincando comigo continuei afirmando sobre o que eu via, e eles todos continuaram  negando; quando minha tia chegou em casa, meus pais a atenderam e contaram sobre essa “estória” para ela. Assustada ela me perguntou como ele era, e eu o descrevi: de capa negra, um chapéu coco negro, com a cara sempre suja de graxa e olhos vermelhos como se algo incomodasse seus olhos ou como se  tivesse fumado um baseado , suas mãos sempre estavam em seus bolsos, e usava sapatos pretos de couro. Minha tia muito assustada perguntou se eu tinha falado com ele alguma vez,  eu disse que só tinha perguntado se podia pegar a bolinha, mas que ele não me respondeu.
Ela então disse pra eu nunca mais falar com ele e para visitar uma mulher com ela que poderia fazer algo por mim, eu confusa só disse que estava tudo bem e mais tarde fui me deitar, antes de fechar os olhos eu ficava me perguntando: ” Porque eu nunca falei dele pra ninguém? Porque só eu posso vê-lo? Como eu nunca tinha reparado nada de estranho nele?" . Conforme essas perguntas se formavam na minha cabeça eu tentava achar alguma resposta para elas. Eu ia me assustando e ficando com muito medo, cada vez mais.

Dias depois minha tia morreu queimada em casa, e faz mais ou menos três dias que vejo algo estranho no meu quarto, ele tem a forma daquele vizinho estranho, mas não consigo vê-lo direito, e faz dias que o vizinho não aparece em sua varanda, ou talvez ele tenha mudado de horário,só sei que não consigo dormir muito bem depois de ter falado com ele,sempre acordo de madrugada com pesadelos terríveis, sinto dores fortes em meu corpo e as vezes não consigo respirar. O que será que está acontecendo? O que será que minha tia queria me dizer?

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