Olá mundanos!! Dias atrás publiquei uma matéria muito interessante sobre possessão aqui, e acabou rendendo uma conversa muito interessante sobre religião e ciência, na qual eu e meu amigo Elson concordamos que psiquiatras, terapeutas e demais áreas da medicina deveriam acreditar mais nesse fenômenos e levarem mais a sério essas questões, porque querendo ou não sempre há coisas que eles não saberão explicar e que nem tudo é algum tipo de doença, demência e demais mazelas que afetam o cérebro do ser humano. O Elson me enviou algumas matérias bem interessante, e eu tentei dar uma resumida ou modificada no texto e não consegui,então copiei e colei lindamente, mas o texto é ótimo e muito explicativo, e pra quem gosta de uma boa teoria, que acredita na Bilbia ou é apenas mero curioso, essa matéria é muito legal,então confiram,e cabe a vocês acreditarem ou não.
Muito se discute sobre a
Arca. Alguns dizem que foi destruída no incêndio do templo, outros afirmam
estar numa igreja localizada numa ilha em um lago na Etiópia e alguns acreditam
estar escondida em algum monte em Israel, possivelmente o Nebo (no livro apócrifo
II Macabeus 2.2-8). No entanto, uma outra história ocorreu em Jerusalém às
14:15h do dia 6 de Janeiro de 1982, numa caverna 7 metros abaixo do local da
crucificação, no Calvário, e esta realmente com base bíblica e fundamento
histórico. Passados cerca de 17 anos, foi revelado a nível internacional um fato mantido em segredo a pedido das autoridades
judaicas em 1982, sendo divulgado naquela época apenas nos EUA.
Como é a
Arca
Arca do filme: Os caçadores da Arca perdida |
Desejada por estadistas da
antigüidade como símbolo de poder, a Arca foi tema de "Os Caçadores da
Arca Perdida", o primeiro filme da série Indiana Jones, filmado apenas
alguns meses antes da real descoberta. Porém, é completamente diferente daquela
apresentada no filme.
Em Êxodo 25.10-22 e 37.1-9 está a
descrição completa da Arca da Aliança e da sua tampa, chamada de propiciatório
ou "assento de misericórdia".
É uma caixa de madeira de acácia
coberta com ouro com aproximadamente 130 centímetros de comprimento e 80
centímetros de largura e altura, aberta apenas na parte superior. Para
transportá-la, foram colocadas 4 argolas, uma em cada canto (parte inferior) e
2 varais de madeira de acácia cobertos com ouro passados por dentro das
argolas.
A tampa, chamada de propiciatório,
é totalmente feita em ouro puro e do mesmo tamanho da abertura da Arca. Em cada
lado, nas extremidades, há um querubim feito de ouro batido de forma que ambos
e o propiciatório formam um só objeto. As asas de cada querubim passam por cima
do propiciatório e as suas faces, em cada extremidade, estão de frente olhando
para o propiciatório. Moisés ouvia a voz de Deus vinda de uma nuvem que
aparecia sobre o propiciatório (Levítico 16.2 e Números 7.89).
Nota-se que na arca do filme, as
posições das argolas e dos querubins ajoelhados são bem diferentes da descrição
bíblica!
A arca de "Os Caçadores da
Arca Perdida"
A
Arca no Templo e o seu desaparecimento
No Antigo Testamento, no capítulo
35 de II Crônicas a Arca da Aliança é mencionada pela última vez. Era por volta
do ano 621 AC, 35 anos antes da invasão e destruição de Jerusalém em 586 AC
pelos babilônios sob o comando do rei Nabucodonosor. Como o templo foi
completamente destruído, não havia razão para crer que a Arca havia sido
retirada antes. No entanto, em II Reis 24.13, 25.13-18 e Jeremias 52.17-23 está
descrito em detalhes os artigos que os babilônios levaram da casa do rei
Zedequias e do templo. As listas incluíam panelas e outros objetos menores que
eram usados no templo, mas o mais valioso e mais significante de toda a
mobília, a Arca da Aliança, não foi mencionado! Anos mais tarde, milhares de
objetos foram devolvidos para serem colocados no novo templo (Esdras 1.7-11 e
6.5) e a Arca também não estava na lista. Tudo isto sugere que ela não foi
levada para a Babilônia, tendo que ter sido retirada do templo entre os anos
621 e 586 AC.
O apócrifo Livro de Baruque tem uma
segunda parte onde ele, criado de Jeremias, vê 4 anjos se levantando da cidade
e em seguida um outro anjo que desce do céu dizendo que Deus o enviou para
avisar que a Arca e os tesouros santos ficariam escondidos sob a terra até o
último tempo do domínio dos gentios (estrangeiros) sobre Jerusalém, de forma
que os inimigos de Israel
nunca os achariam, sendo recuperados ao término desse tempo quando
Jerusalém fosse restabelecida totalmente das mãos dos gentios (II Baruque
6.4-10). Ou seja, no futuro, após o domínio de 42 meses do anticristo, a Arca
será retirada e colocada no Templo Celestial (Apocalipse 11.19). Com o passar
dos séculos se cumpriram as palavras do profeta Jeremias sobre a Arca: O povo
judeu a esqueceu, nunca mais se interessou por ela e a Nova Aliança, o Senhor
Jesus sentado no Trono, a substituirá no Novo Templo do Reino de Deus (Jeremias
3.16-17).
Há vários registros e histórias
diferentes relativas ao destino da Arca. A maioria foi escrita muito tempo
depois da Arca desaparecer e a maior parte baseada não nas Escrituras Sagradas
ou em pergaminhos históricos mas em lendas. Alguma dessas histórias poderá ser
usada futuramente pelo anticristo para enganar os judeus podendo até lhes
apresentar uma réplica da Arca (existem algumas na Etiópia) como sendo a
verdadeira, colocando-se como o substituto da velha aliança.
A invasão da cidade
"E sucedeu que, ao
nono ano do seu reinado, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor, rei de
Babilônia, veio contra Jerusalém com todo o seu exército, e se acampou contra
ela; levantaram
contra ela tranqueiras em redor. E a cidade ficou sitiada até o décimo primeiro ano do rei Zedequias. Aos
nove do quarto mês, a cidade se via tão apertada pela fome que não havia mais
pão para o povo da terra. Então a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra
fugiram de noite pelo caminho
da porta entre os dois muros, a qual
estava junto ao jardim
do rei (porque
os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o rei se foi pelo caminho da
Campina." II
Reis 25.1-4
As tranqueiras eram comumente
usadas na antiguidade para render os habitantes da cidade sitiada impedindo a
entrada de alimentos. Eram construídas a uma determinada distância (300 metros
ou mais) para a própria segurança dos invasores principalmente no caso de haver
necessidade de incendiar a cidade.
O cerco durou aproximadamente um
ano antes da cidade ser finalmente invadida. Zedequias (rei de Judá) e os
soldados judeus fugiram por um caminho que passava entre os muros sendo que o
rei foi perseguido e alcançado nas campinas de Jericó, mas os soldados
escaparam. Isto foi no dia 9 de Av no calendário judeu.
A
História Completa da Descoberta
Em 1978, após descobrir algumas
rodas dos carros egípcios no Mar Vermelho, o arqueólogo Ronald Wyatt retornou a
Jerusalém em decorrência das fortes queimaduras de sol que adquiriu na praia de
Nuweiba, no Egito. Hospedado em um hotel e desapontado com o cancelamento da
expedição, Wyatt descansava suas pernas inchadas pelas queimaduras até quando
teve condições de caminhar pela vizinhança do muro norte da cidade velha.
Enquanto conversava com um
profissional em antigüidades romanas, pararam em uma pedreira antiga conhecida
como "Escarpa do Calvário", e apontou para um local que é usado para
entulhar lixo. Repentinamente disse: "Esta é a Gruta de Jeremias e a Arca
da Aliança está lá". Wyatt, que nunca se interessou pela procura da Arca,
espantou-se com as suas próprias palavras! O homem que o acompanhava ficou
entusiasmado prometendo-lhe obter permissão por escrito para escavar e, além
disso, receber hospedagem e comida gratuitamente. Mas ele recusou
temporariamente a oferta retornando para sua casa no Tennessee, EUA, iniciando
um sério estudo sobre o maior tesouro da antigüidade.
Estudo sobre o destino da
Arca
Wyatt tirou várias conclusões: A
Arca não poderia ter sido levada para a Babilônia, de acordo com as referências
bíblicas. Deveria ter sido escondida algum dia entre o ano 621 (18º ano do
reinado de Josias) e 586 AC, quando os babilônios invadiram a cidade e o templo
foi destruído. Finalmente, a Arca deveria ter sido escondida entre as
tranqueiras babilônias e o muro da cidade pois ninguém em Jerusalém pôde sair,
considerando que a cidade havia sido totalmente destruída e que era altamente
improvável que a Arca estivesse escondida nela. Todos estes pontos emparelharam
perfeitamente com a área que Wyatt havia apontado e identificado como sendo a
Gruta de Jeremias. O lugar estava exatamente entre o muro e as tranqueiras.
Isto era o suficiente para ele voltar a Jerusalém e iniciar a escavação.
Localização da Arca durante o cerco
babilônio
Nova permissão para escavar
Em Jerusalém, Wyatt logo descobriu
que não era tão fácil obter uma licença para escavar. O profissional de
antigüidades romanas que havia lhe prometido a permissão por escrito, não pôde
fazer assim. Wyatt tinha trabalhado por muitos anos em vários locais
arqueológicos mas tudo feito reservadamente pois ele não era um arqueólogo
profissional e isto dificultou a situação. Ele pediu uma licença e esperou três
longas semanas. Enquanto isso, ele e sua pequena equipe viajaram para Ashkelon
na costa oeste de Israel.
Enquanto nadavam no Mar
Mediterrâneo, Wyatt esbarrou com os pés em algo na água. Ao verificar o que
era, achou uma antiga e grande panela de pedra e continuando a observar na área
descobriu vários destes jarros. Cada um estava cuidadosamente lacrado mantendo
o seu interior intacto. Quebrando um dos jarros, achou restos de ossos humanos.
Ficou evidente que eram panelas ossuárias antigas.
Wyatt as entregou imediatamente ao
pessoal do Departamento de Antigüidades que ficou grandemente entusiasmado ao
identificá-las como panelas ossuárias Canaãnitas! Um outro arqueólogo já as
tinha procurado anteriormente em toda a praia porém sem sucesso. Ninguém pensou
em procurá-las por alguns metros dentro do mar!
Para Wyatt estes achados não eram
tão significantes quanto as outras descobertas que ele havia feito, mas como
resultado deste achado foi-lhe concedido imediatamente uma licença para escavar
em Jerusalém. Sem dúvida, foi uma providência divina! Ainda mais que algumas
resoluções da ONU proibiam escavações arqueológicas em territórios ocupados por
israelenses desde 1967.
O local da
escavação
Os 3 dos mais famosos
montes na área de Jerusalém são Sião, Moriá e o monte das Oliveiras. Embora
seja construída sobre o Sião e o Moriá, a cidade velha normalmente é referida
na Bíblia como "Sião".
Os montes onde a velha Jerusalém
foi edificada.
O Moriá foi o
local onde Davi ergueu um altar depois de ver o anjo que se levantava pronto
para destruir a cidade e onde Salomão construiu o templo. De acordo com o livro
de Gênesis havia outro evento significante e histórico que acontecera ali: o
sacrifício de Isaque, que foi substituído por um carneiro.
Hoje o grande Domo
da Rocha está neste local onde o primeiro e o segundo templos estavam
anteriormente, onde Abraão tinha erguido um altar para sacrificar Isaque. Com
grande alívio ele descobriu que não era o seu filho o escolhido para morrer
pela humanidade e além disso, neste mesmo monte, Deus proveria o verdadeiro
sacrifício (Gênesis 22.14).
No lado leste, sul
e oeste de Jerusalém há vales fundos que proporcionaram excelente proteção para
a cidade contra ataques inimigos. A parte norte era muito vulnerável. Uma parte
do Moriá foi cortada para que os inimigos não atacassem pelo muro norte ao
nível do solo. Esta parte também foi usada como pedreira e o primeiro livro de
Reis relata que Salomão usou pedras de uma pedreira para construir o Primeiro
Templo e provavelmente próxima. A parte norte do Monte Moriá está separado da
cidade e ficou conhecida como "Monte da Caveira" (Monte Calvário) por
causa da face do precipício chamada de "Escarpa do Calvário" que fica
de frente para o muro norte. A área na frente da escarpa é a que Wyatt
identificou estar a gruta de Jeremias.
Localização da "Escarpa do
Calvário" em frente ao muro norte
Durante anos
Jerusalém foi destruída e reconstruída. Era normal construir a cidade nova
sobre os restos da velha. Por isso hoje há restos de várias cidades, um em cima
do outro, na mesma área. Assim, para localizar o nível do solo original nesta
região do Moriá ele teve que cavar diretamente para baixo pelo lado da face do
precipício.
O
primeiro problema
Era janeiro de
1979 e havia nevado um pouco na área revirando a lama. Além disto, o local
estava cheio de lixo e emanava um odor terrível que incomodou-lhes muito no
início da escavação. Em pouco tempo descobriram que o local tinha uma enorme
pedra subterrânea com um pedaço que saía do monte dificultando a escavação para
baixo. A equipe era composta por apenas 3 pessoas na época, Ronald Wyatt e seus
dois filhos Danny e Ronny que já tinham-no acompanhado anteriormente em várias
viagens arqueológicas. Por causa da grande pedra eles decidiram começar cavando
alguns metros à direita.
Entrada da escavação
O local da
crucificação no Gólgota
A forma de crânio
na escarpa levou muitos a crerem que esta parte separada do monte Moriá seria o
lugar onde Jesus foi crucificado. O local de crucificação era fora dos muros da
cidade e era chamado "O Lugar da Caveira" ou Gólgota (Mateus 27.33,
Marcos 15.22, Lucas 23.33 e João 19.17). A
Bíblia não menciona "um Monte Calvário" mas "Lugar da Caveira". Até
hoje a forma enorme de um crânio pode ser vista na face sul da escarpa, embora
a face do precipício tenha ganho pouco interesse antes do 18º século.
Atualmente há um terminal rodoviário no local da escavação. Abaixo, fotos de
1870 até 2003.
A face do precipício:
"Gólgota" (em aramaico), "Caveira" (em grego) ou
"Calvário" (em latim)
Os olhos, o nariz e a boca da
caveira
Na década de 80
Em meados dos anos 90
Em 2003 durante a construção do
terminal rodoviário
O "Lugar da Caveira"
visto do Muro Norte de onde a crucificação podia ser observada
Otto Thenius, um
alemão, chegou à conclusão em 1842, que este era o local da crucificação.
Também houve várias visitas dos americanos que tiveram a mesma conclusão: Rufus
Anderson (1845), Fisher Howe (1853), Charles Robinson (1867) e Selah Merill
(1845) junto com o inglês Henry Tristam (1858) e o famoso francês Ernest Renan,
autor de "Vie de Jèsus" (1863) ("The Weekend That Changed
the World", Peter Walker, 1999, página 113).
Esta escarpa está
próxima ao Portão de Damasco que era o principal para entrar e sair da cidade
onde havia uma estrada movimentada no tempo de Jesus. Marco Fabio Quintiliano,
professor de Latim e escritor romano, registrou que crucificavam criminosos
próximo das estradas para que muitos, por causa daquele castigo, temessem a
prática do crime. Segundo os judeus de Sefardic este precipício também foi um
local de apedrejamento, também conhecido como Mishnah.
Em Gênesis 22.14
também afirma que no monte Moriá Deus proveria o sacrifício do verdadeiro
cordeiro, o Messias. Este precipício está na parte norte do monte.
A
Tumba de Jesus
"No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e nesse jardim um
sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido posto." João 19.41
Realmente há uma
tumba, descoberta em 1857, no lado ocidental da escarpa, aproximadamente 200
metros da face do precipício e é exatamente como está definida em Lucas 23.53.
A Inglaterra comprou a área que até hoje pertence a uma associação inglesa.
Também no local foram descobertas várias cisternas de água onde a maior tem
aproximadamente 900 mil litros. Em 1942 foi descoberto um lagar antigo,
evidenciando que já houve uma vinha ali. Wyatt iniciou as escavações na região
entre a face do precipício e a tumba.
Vista aérea do local
Os Nichos
Wyatt e seus dois
filhos começaram cavando diretamente para baixo da face do precipício, paralela
a esta. Ao mesmo tempo que removiam vários baldes de pedra e terra eles tiveram
que seguir as exigências do Departamento de Antigüidades peneirando tudo para
não perder qualquer tipo de artefato. Como eles cavaram para baixo, encontraram
3 nichos cortados como "estantes" na parede do precipício. Alguns
arqueólogos já haviam descoberto nichos romanos semelhantes, assim Wyatt
reconheceu imediatamente para que serviram.
Os nichos ficam abaixo da
"boca da caveira"
Nos tempos romanos
era comum usar nichos para apoiar grandes placas sinalizadoras. As placas eram
feitas de tábuas de madeira cobertas com gesso e eram usadas para fazer
notificações. Como estes nichos estavam na parede do precipício e Jesus havia
sido executado no estilo romano, era extremamente provável que os 3 nichos
foram usados para apoiar cada uma das 3 placas da acusação escritas em três
idiomas diferentes (João 19.19-20). Wyatt suspeitou que os 3 nichos descobertos
eram seguramente das placas romanas que identificavam "o criminoso".
As suas conclusões seriam confirmadas a seguir.
Uso dos 3 nichos para fixar as
placas
Simulação no local
no tempo das escavações
O placa mais alta foi fixada abaixo
da "boca" da caveira.
A Cisterna
As paredes do
local onde estavam escavando começaram a parecer instáveis assim passaram a
escavar no local onde Wyatt havia apontado primeiramente. Ele achou que havia
bastante espaço para cavar atrás da pedra subterrânea que anteriormente foi um
obstáculo, assim começou a escavar entre a pedra e a parede do precipício.
Agora a pedra formava um "teto" semelhante a uma marquise.
A uns 11,5 metros
abaixo do nível do solo encontraram o antigo chão do local, o ponto mais baixo.
Depois de remover cuidadosamente os escombros, eles acharam uma câmara com um
diâmetro de aproximadamente 4,5 metros. Havia degraus em espiral na parede e
mais acima um buraco. Era a evidência que a câmara deve ter sido transformada
em uma cisterna. No buraco teria uma corda que desceria um balde para coletar
água ou talvez grãos.
Ao cinzelar
através do emboço usado como enchimento para moldar a cisterna, ele achou
vários fragmentos de cerâmica e os levou até as duas casas de antigüidades da
cidade para avaliação. Nelas o informaram que alguns datavam do tempo dos
Jebusitas, antes de David ter tomado Sião e declarado Jerusalém a capital de
Israel, mas as amostras mais recentes eram do período romano. Assim a câmara
deve ter sido emboçada e transformada durante a era romana.
O
local de apedrejamento
Com o achado dos
fragmentos de cerâmica e das moedas, conseguiram então encontrar o nível do
solo da época. Neste momento eles começaram a cavar horizontalmente um túnel ao
longo da parede do precipício, até o local onde eles tinham iniciado as
escavações. O propósito era achar uma entrada de uma caverna ou escavar até a
parte subterrânea da face do precipício. Mas o que eles encontraram foi a
evidência da violência que era cometida ali. Um metro acima da extremidade da
cisterna terminava a fundação. Cavando diretamente um metro abaixo, Wyatt achou
várias pedras do tamanho de um punho, e entre elas achou também ossos humanos,
particularmente ossos de dedo. As muitas pedras incomuns e ossos espalhados
mostraram claramente que o local não foi uma sepultura, e concluiu que poderia
ter sido o local de apedrejamento descrito no livro de Atos 7.57-58, onde
descreve o apedrejamento de Estevão.
O buraco
da cruz
Wyatt continuou
escavando em direção ao local inicial da escavação quando encontrou a fundação
de uma edificação antiga, presa à face do precipício. Era uma pedra lisa
prolongada de uma das paredes parecendo um altar. Alguém poderia tê-la usado
como um "memorial", mas para quê? Havia pouco espaço na frente da
pedra horizontal e Wyatt notara que estava coberta com calcário. Era tão incomum
e tão simétrica que certamente fora cortada pelo homem e Wyatt a inspecionou
mais intimamente. Erguendo-a ficou surpreso ao descobrir que estava cobrindo um
buraco quadrado cinzelado na base da pedra. O lugar parecia ter estado intacto
por vários anos e havia muita sujeira e escombros ao redor que escondiam o
buraco. Ao remover tudo isso, viu uma rachadura no chão saindo daquele buraco.
Era uma plataforma, como uma borda, estendida dois metros e meio na frente da
face do precipício e era nesta borda que o buraco quadrado fora cinzelado. Na
área da frente da borda ele achou outros três furos quadrados cinzelados no
chão de pedra da mesma maneira como o primeiro. Os lados dos buracos tinham
aproximadamente 30 a 33 centímetros. As medidas de Wyatt mostraram que o primeiro
buraco com a rachadura localizava-se 4,2 metros diretamente abaixo dos três
nichos. A sua teoria de que estes nichos poderiam ter sido usados para
sustentar placas que descreviam a natureza do crime era agora confirmado pela
localização dos buracos. Eram nitidamente buracos de cruz. As circunstâncias
que levaram Wyatt a começar cavando ali e a sua confiança de que Deus estava
lhe dando uma direção, o fez crer que o primeiro buraco com a rachadura poderia
muito bem ter fixado a cruz de Cristo.
Mas não foi só
isso que o levou a esta conclusão. A fundação da estrutura indicava que a área
inteira havia sido coberta em um certo tempo. Poderiam cristãos terem erguido
uma edificação ali em memória do que havia acontecido? O modo com que a
estrutura foi construída ao redor do buraco e alguém ter colocado uma pedra em
cima do buraco quadrado, fortalecia a sua convicção de que aquele era o buraco
que de fato fixou a cruz de Jesus. A rachadura do buraco da cruz era típica de
um terremoto. Não haviam marcas que caracterizasse o uso de martelo ou cinzela,
então tinha que ter sido natural. Mateus afirmou que houve um terremoto quando
Jesus estava na cruz: "... a terra tremeu, fenderam-se as rochas;"
(Mateus 27.51). O buraco tinha uma profundidade de 59 centímetros. A rachadura
do buraco era ainda mais profunda, mas naquele momento Wyatt ainda não havia
medido a sua profundidade. Após um ano ele descobriu que ela tinha aproximadamente
6 metros abaixo do chão.
A fenda tem 6 metros de descida
Há diversas fendas de terremotos no Calvário
Datando a
edifícação
Wyatt e sua equipe
acharam moedas que possibilitavam datar a edificação. Uma das moedas tinha a
inscrição de Tibério, imperador que governou Roma entre os anos 14 e 37.
Nenhuma moeda de datas anteriores foi achada, mas haviam outras que datavam do
ano 135. A partir destas evidências, Wyatt calculou que a edificação foi
erguida entre o tempo da crucificação e o ano 135. O lugar foi construído
provavelmente depois que o imperador Tito destruiu Jerusalém em 70. Desde o
tempo da crucificação até a destruição da cidade, este local provavelmente
ainda estava sendo usado. No livro "Guerras dos judeus", Livro V,
Capítulo XI, parágrafo I do historiador Josefus, é narrado que cerca de 500
homens foram crucificados diariamente em Jerusalém no período de Tito. Isto
teria tornado quase impossível para os cristãos construírem qualquer memorial
no local até então. Quando Jerusalém foi totalmente destruída pelos romanos em
70, a crucificação em massa terminou, e a maioria dos judeus foram mortos ou
vendidos como escravos. A cidade que era tão magnífica, e que havia
experimentado sua segunda destruição por completo, foi reduzida a um
acampamento romano. O segundo templo que tinha sido construído no mesmo local
do templo de Salomão ficou totalmente em ruínas (Mateus 24.1-2) e a mobília
dourada foi roubada. Umas oitocentas guarnições romanas ficaram estacionadas no
acampamento para assegurar que ninguém tentasse reconstruir a cidade novamente.
Os cristãos tinham sobrevivido à destruição de Jerusalém por terem sido
advertidos por Jesus, quando exatamente deveriam deixar a cidade. Enquanto
Jesus estava vivo, havia lhes contado que a cidade seria destruída, e lhes deu
um sinal que indicava quando fugir e evitar a morte pela invasão do exército
inimigo (Lucas 19.43-44).
Quando o imperador
romano Hadrian chegou para reconstruir a cidade no ano 130, ele se mostrou
tolerante para com os cristãos. Aos judeus porém, não lhes foi permitido pisar
na cidade. O imperador chamou a nova cidade que construíra de "Aelia
Capitolina". Os judeus que voltaram para a Judéia se revoltaram contra
ele, resultando na morte de meio milhão de judeus. Como a moeda mais recente
encontrada era do ano 135, possivelmente os cristãos perceberam que era a
chance de levantar a edificação após a destruição de Jerusalém quando o
Cristianismo foi tolerado pelos romanos, que lhes permitiram acessar essas
áreas. A ausência de qualquer moeda com data após 135 indica que o local poderia
ter sido abandonado nos anos seguintes. A condição dos restos da edificação
indicavam que não foi destruída, mas abandonada e deteriorada naturalmente. Com
o passar dos anos a área foi coberta por terra e escombros.
A lápide
A construção era muito
simples. Protraindo da parede traseira estavam duas paredes externas perpendiculares.
Como eles continuaram cavando na procura da outra parede, acharam uma pedra
cortada de quase 60 centímetros de espessura. A maior parte estava coberta por
terra e escombros, mas uma seção exposta apresentou-se arredondada, como um
tampo de mesa redonda. Como era enorme não tentaram descobri-la. Wyatt pensou
se esta seria a pedra que José de Arimatéia rolou para fechar a tumba de Jesus
(Mateus 27.59-60). A maior lápide encontrada por ele tinha 1,7 metros de
diâmetro, mas esta arredondada era muito maior. Depois de alguns anos que ele
descobriu, pela ajuda de um radar, que a pedra tinha um diâmetro de um pouco
mais de 4 metros. Como a pedra redonda foi posta dentro da antiga estrutura,
era provável que os cristãos que fizeram este memorial, tinham incorporado
outros objetos relativo a Jesus, como parte da construção. Isto explicaria por
que a pedra havia sido levada para longe da tumba sendo colocada próxima dos
buracos das cruzes.
Porta da tumba e o chão onde
rolava a pedra
A pedra circular rolava até
tampar a porta da tumba
Simulação de como a pedra
seria usada na época
Um Grande Sistema de Cavernas
Quase dois anos haviam se
passado desde que Wyatt e seus dois filhos começaram a escavar, e ainda não
tinham achado qualquer sistema de caverna ou túneis escondidos. Embora Wyatt
tivesse achado vários artefatos de grande significância, não eram exatamente o
que estava procurando: a Arca da Aliança. O trabalho estava parado, havia
gastos e tinha que continuar com a escavação. Wyatt relata:
"Sabia que havia cavernas
porque mel de abelhas estava saindo das rachaduras, e elas voando para dentro.
Assim seus ninhos estariam lá. De qualquer modo, meu filho mais jovem disse:
'Papai, você orou por isto?', respondi, 'Sim. Eu deveria ter orado com meus filhos'.
Nós olhamos para trás e vimos erros que cometemos, mas ele questionou: 'Oramos
à noite e pela manhã, mas deveria ter pedido direito.' De qualquer maneira, ele
disse: 'Você orou por isto?', e respondi, 'Sim'. Ele disse: 'Você indicaria o
que é melhor se fazer?'. Disse-lhe, 'Sim. eu suponho ter que penetrar direto
naquele precipício'. E ele disse, 'Bem, façamos isto'. E eu disse, 'De modo
algum! Isso é estupidez! Eu não vou fazer isso'. Assim trabalhamos durante três
ou quatro dias a mais e estávamos para partir no dia seguinte. Meu filho mais
velho estava triste comigo e estávamos passando as ferramentas para meu filho
mais novo guardá-las, e o mais velho, que é uma pessoa bastante calada,
disse-me: 'Papai, você orou sobre isto?', respondi 'Certamente, eu orei'. Ele
disse: 'Bem?' eu disse, 'Fui orientado para quebrar naquele precipício mesmo'.
E ele disse, 'Bem, façamos!'. E eu disse, 'Não! Isso é estupidez! Eu não
baterei minha cabeça contra um precipício!' Ele disse, 'Bem, papai, perdoe-me
por falar assim, mas eu o vi fazer coisas mais estúpidas!' Eu disse, 'OK...
Diga para Ronny devolver as ferramentas...'
Agora se você olhar
cuidadosamente verá uma rachadura aqui mesmo. Não é muito mas é uma linha de
falha daquela rocha. Assim nos movemos uns 46 centímetros para este lado,
levamos nossos martelos e cinzéis e começamos marcando a rocha para cima e para
baixo, e para cima e para baixo. Finalmente um grande pedaço grosso estourou
para fora. Nós o empurramos para o lado e olhamos o fundo. Havia um pequeno
buraco escuro sobre aquele pedaço retirado (Wyatt indica o pequeno buraco com
seus dedos). Não vi nada prometedor. Pedi ao meu filho a lanterna, e sentamos
onde eles poderiam ver. Dava em um túnel. Assim coloquei a lanterna naquele
buraco e havia uma grande câmara de caverna. Não nos levou muito tempo para
aumentar o buraco o bastante para poder entrar. Pensei que a Arca da Aliança
estivesse ali mesma. Não estava... Assim, como tivemos que partir na manhã
seguinte, tampamos aquele buraco. Voltando para o nível do solo, fechamos o
buraco. Com tudo estando arrumado ninguém poderia saber onde havíamos estado.
Eu tive que ir para casa, trabalhar e economizar mais um pouco e
retornar..." (Ronald Wyatt, Zedekiah's Cave, Dezembro de 1997)
A Chocante Descoberta
Na viagem seguinte,
descobriram que esta caverna conduzia a um outro sistema de cavernas e túneis
muito maior. Nem todos os túneis eram conectados um ao outro, e gastaram várias
horas cinzelando paredes de pedra encontrando mais túneis e cavernas. Este
sistema de caverna parecia completamente intacto de mãos humanas. Era dezembro
de 1981, o inverno estava frio em Jerusalém, e Wyatt e seus dois filhos ficaram
doentes. Ele estava profundamente confiante que Deus o permitiria achar a Arca
naquela viagem. Ele havia recebido várias respostas para a oração que o levava
a esta conclusão, mas agora por causa da doença, começaram a desanimar. Wyatt
relata:
"Meus dois filhos tinham
ficado muito doentes em 1982. Eu enviei um deles para casa na véspera de Natal,
e o outro na véspera do ano novo. Eu devia 300 dólares ao hotel, e não tinha
dinheiro para nada. Havia um árabe que nos deixou comer em seu restaurante.
Aquela gente é humilhante para mim. Havia coisas com as quais não me sentia
confortável, e estava experimentando várias delas naquela viagem. Eu decidi que
iria achar a Arca da Aliança ou morrer no buraco. Isso podia parecer um pouco
melodramático, mas estava humilhado. Não podia pagar a conta do hotel, estando
bastante 'morto' numa situação como aquela...
De qualquer maneira, o pequeno
árabe que estava nos deixando comer no restaurante, era um homem adulto mas
tinha aproximadamente esta altura (disse apontando à altura do seu tórax).
Então, para nós, ele passaria pelo sistema de caverna, rastejaria nas câmaras e
lhe daríamos uma lanterna, e ele iluminaria ao redor e espiaria para ver se
parecia haver alguma coisa lá. E assim nós o fizemos repetidas vezes e chegamos
a um outro buraco. Eu lhes digo que não acreditariam por onde havíamos entrado
naquela caverna. Quantos de vocês alguma vez estiveram dentro de uma caverna
grande com túneis e câmaras e tudo o mais? OK, vocês sabem o que eu estou
dizendo. Nós há pouco tínhamos passado por toda parte daquele lugar, para cima,
abaixo, níveis diferentes, e neste momento nós tínhamos abaixado
aproximadamente 14 metros, e então voltamos para cima, e este buraco estava na
parede, sobre aquele grande ao redor (ele faz um círculo de aproximadamente 20
cm com as mãos), e havia uma estalactite pendurada no meio disto. Era a única
estalactite que tinha visto na caverna que não era esta pequena (ele mostra com
os dedos o tamanho de cerca de 10 cm). A outra era grande e eu a tenho em minha
coleção de objetos.
De qualquer maneira, com a
lanterna rastejei até lá, ao redor e por cima das pedras, e iluminei para baixo
entre as rachaduras da pedra, e nessa superfície plana uma coisa dourada
refletiu atrás de mim. Assim movi por cima das pedras e iluminei para baixo por
outra rachadura. Havia duas reflexões, uma aqui, uma lá e uma em cima daqui.
Assim percebi que era uma superfície plana, parte superior dourada, e pensei:
'A Arca da Aliança!'. Me esqueci dos querubins assentados na parte de cima. Eles
teriam sido empurrados para cima através das pedras e das coisas, em cima do
propiciatório.
Mas de qualquer maneira, eu
comecei a mover essas pedras, e as coloquei em qualquer lugar que pudesse. Me
abaixei até a superfície dourada que estava atrás dos meus ombros, inclinada
atrás deles. Era a Mesa dos Pães (Números 4.7)... Mas de qualquer maneira,
estava olhando para a Arca da Aliança. Só a partir de então tive tempo para
examinar cuidadosamente o resto da câmara. Visto que apenas tinha rastejado até
ali, dei uma olhada e comecei a verificar debaixo das pedras. Então movi a
lanterna ao longo da parede, vi uma caixa de pedra colocada contra a parede,
com muito espaço entre ela e o teto. A tampa estava quebrada, deslocada para o
lado e diretamente acima dela havia uma rachadura com uma substância marrom
escura parecida com a do fundo desta rachadura. E pude vê-la da parte superior
da tampa da caixa. Em ambos os lados dos pedaços quebrados havia mais desta
substância marrom escura (silêncio, Wyatt chora). De repente percebi que estava
sentado em frente da Arca da Aliança e o sangue de Cristo estava derramado
sobre ela (silêncio). Nunca tinha ouvido alguém orar qualquer coisa sobre
aquele tipo de possibilidade, nunca. Era muito para mim. Quando recuperei a consciência
e olhei novamente para meu relógio, 45 minutos tinham se passado desde que
rastejei na câmara." (Ronald Wyatt, Zedekiah's Cave, Dezembro de 1997).
As autoridades
A promessa que Wyatt acharia a Arca nesta viagem foi
cumprida, mas contudo não lhe foi permitido vê-la totalmente, nem lhe foi
possível retirar a Arca da caverna. Frustrado com isso, ele ouviu a voz de
Deus: "Só lhe disse que a acharia. Sairá daqui no seu devido tempo".
Wyatt informou a descoberta às autoridades israelitas, e
depois entregou um minúsculo artefato que encontrou na caverna. Era um romã de
marfim com uma inscrição que o identifica pertencer ao templo de Salomão. Este
é o único objeto do primeiro templo já visto e exibido no Museu Israelita em
Jerusalém. Esta descoberta os convenceu que o Wyatt pudesse estar dizendo a
verdade sobre a descoberta da Arca da Aliança. Ele foi o único que encontrou um
objeto do primeiro templo onde a Arca esteve. Wyatt sabia que vários críticos
ao redor do mundo não acreditariam que ele encontrara este romã, então
quebrou-lhe um pedaço pequeno e o deixou na câmara com a Arca da Aliança.
Romã de marfim
As autoridades lhe disseram que mantivesse a descoberta
da Arca em segredo. O motivo é que esta descoberta poderia criar grandes
problemas religiosos e políticos para Israel por ser uma sociedade frágil e
explosiva. Eles temiam uma possível reação violenta de alguns judeus radicais
se eles tomassem conhecimento de que a Arca da Aliança foi encontrada, achando
ser este um sinal de Deus para retomar o Monte do Templo, destruir o Domo da
Rocha e construir o 3° Templo, ocasionando um conflito geral com todo o mundo
árabe. Em outras épocas a disputa pelo Monte do Templo gerou alguns conflitos
sangrentos.
Anos mais tarde, após ter sido avisado que Wyatt havia divulgado a descoberta, e ainda pela
internet, onde não há controle sobre as informações, o conselho da Associação
do Jardim da Tumba teve que emitir um documento confirmando que ele teve
permissão para escavar até o verão de 1991, mas desmentindo o achado da Arca
(para evitar futuros conflitos) e afirmando ainda que não tinha qualificação
como arqueólogo (de fato, era amador)! Descobrir a Arca da Aliança em Jerusalém
seria um grande perigo!
Os objetos na câmara
Não era possível tirar quaisquer dos objetos da câmara.
Primeiramente estava cheio de pedras empilhadas ao redor das mobílias do
templo, e secundariamente, Wyatt não pôde retirar os artefatos pelo pequeno
buraco por onde entrou. Ele teria primeiro que localizar a entrada original
usada pelos homens (Jeremias e Baruque?) para esconder os objetos.
Wyatt voltou várias vezes na câmara. Em uma delas levou
uma furadeira usada em cirurgia ortopédica e um colonoscópio, um instrumento
óptico com uma forte fonte luminosa que médicos usam para examinar dentro do
corpo humano. A caixa de pedra era tão alta, que a tampa estava próxima ao teto
e tinha de olhar pela abertura da tampa quebrada para ver a Arca. Com a broca
Wyatt tentou fazer um buraco pequeno na caixa de pedra para poder identificar a
Arca. O efeito desejado falhou então ele fez um buraco na caixa de pedra com
abertura suficiente para introduzir o colonoscópio. Neste instrumento só se
pode ver uma pequena área de cada vez, mas movendo-o ao redor poderia ver o
famoso objeto dourado. A primeira coisa que ele viu foi a bordadura ao redor do
topo do propiciatório. Então viu a superfície lisa com os lados dourados. Isto
era suficiente para que tivesse certeza de que a Arca realmente estava ali.
Em seguida Wyatt identificou os seguintes objetos na
câmara: A Arca da Aliança que estava na caixa de pedra, a Mesa dos Pães, o
Altar do Incenso de Ouro, um candelabro de 7 ramificações, uma espada grande de
1,57 metro, um éfode (espécie de manto sacerdotal), uma moeda de bronze, vários
abajures de óleo, e um anel de bronze. Também havia outros objetos mas Wyatt
não tinha certeza para quê tinham sido usados. Estes artefatos estavam cobertos
com peles de animais. Nas peles foram colocados troncos de madeira, e em cima
deles uma camada de pedras. As Tábuas de Pedra com os 10 Mandamentos estavam
ainda na Arca da Aliança, e do lado da Arca estava um cubículo pequeno aberto
que continha o Livro da Lei que Moisés escreveu sob ordenança de Deus:
"Ora, tendo Moisés acabado de escrever num livro todas as palavras desta
lei, deu ordem aos levitas que levavam a arca do pacto do Senhor, dizendo:
Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do pacto do Senhor vosso
Deus, para que ali esteja por testemunha contra vós." (Deuteronômio 31.24-26;
17.18 e 29.21 - também em Êxodo 24.7). Do que ele pôde ver, estava lá a maioria
dos livros de Moisés. Todos aqueles rolos, feitos de pele de animal e
envelhecidos por mais de 3 mil anos, estavam em condição surpreendentemente
excelente! Wyatt também achou sete abajures de óleo que ele supôs haverem sido
usados pelos que trouxeram os objetos para a câmara. Um dos abajures estava
enfeitado com um desígnio típico assírio; uma cabra ou um carneiro, com suas
pernas traseiras levantadas e se alimentando numa videira. Isto mostrou a
influência cultural que o povo assírio teve na Judéia durante um longo tempo
antes do cativeiro babilônio.
A entrada original
O sistema de caverna pelo qual Wyatt havia entrado na
câmara parecia estar intocável por mãos humanas. O buraco pelo qual ele tinha
entrado era muito pequeno e mal localizado para ter sido a entrada que Jeremias
e seus homens usaram para levar os objetos grandes para a caverna. A pergunta
agora era: Qual túnel eles haviam usado?
Wyatt começou a inspecionar a câmara pela outra entrada.
Em um lugar ele viu algo que estava coberto com pedras, e parecia conduzir para
outra câmara. Ao remover algumas das pedras, descobriu um longo túnel natural
com marcas de cinzel, o que garantia que alguém o havia alargado. O problema
que Wyatt encontrara agora era que o resto do túnel era completamente bloqueado
por fora com grandes pedras. Desbloquear o túnel seria muito difícil e depois
de sair e marcar a sua pequena entrada, ele decidiu procurar do outro lado, no
início daquele túnel. Desde que as mobílias tinham sido trazidas do Templo,
obviamente este era o ponto de partida e a câmara era o destino deles. Wyatt
não estava informado sobre algum túnel que ía na direção do Templo, mas ele
ainda tinha alguma idéia sobre onde poderia começar a procurar. A Caverna de
Zedequias com uma extensão de 230 metros sob o Monte Moriá foi durante um certo
tempo usada como mina de pedra (pedreira subterrânea). Esta caverna fica
situada entre o Monte do Templo e a Escarpa do Calvário (imagem abaixo), assim
poderia ter uma possível ligação.
A caverna de Zedequias
Dr. James Turner Barclay era
um americano que trabalhou como médico e missionário em Jerusalém de 1851 a
1857. Ele ainda é conhecido (entre outras coisas) por ter redescoberto um
portão de entrada para o local do Templo, assim recebeu o nome de "Portão
de Barclay".
Dr. Barclay freqüentemente
andava com seu cão nas áreas ao redor da cidade velha. Num domingo do inverno
de 1854, ele foi caminhar ao longo do muro norte da cidade velha de Jerusalém.
De repente, seu cão desapareceu, e Dr. Barclay assobiou para ele. O cão não
veio, e o filho de Dr.Barclay que o acompanhara começou a procurar o animal. Ao
olhar ao longo a parte da pedreira onde o muro norte foi construído, achou um
buraco fundo por onde eles ouviram o cachorro latir dentro da caverna.
Assim esta enorme caverna foi
redescoberta. Durante séculos acreditava-se que a entrada da Caverna de
Zedequias havia sido bloqueada pelas construções de pedra.
Entrada da Caverna de
Zedequias (Muro Norte)
Uma maneira de escapar
Muitos acreditam que Salomão
usou pedras da Caverna de Zedequias para construir o magnífico Templo. A Bíblia
relata como as pedras foram cortadas e como elas foram lavradas dentro da
pedreira, evitando barulho na cidade durante a construção do templo (I Reis
6.7).
A caverna recebeu o nome de
"Caverna de Zedequias" porque muitos achavam que esta foi a que o rei
Zedequias usou para fugir de Jerusalém durante o cerco babilônio. Porém, a
Bíblia apenas diz: "E o príncipe que está no meio deles levará aos ombros
os trastes, e às escuras sairá; ele fará uma abertura na parede e sairá por
ela; ele cobrirá o seu rosto, pois com os seus olhos não verá o chão."
(Ezequiel 12.12). "Então a cidade foi arrombada, e todos os homens de
guerra fugiram de noite pelo caminho da porta entre os dois muros, a qual
estava junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em
redor), e o rei se foi pelo caminho da Arabá. Mas o exército dos caldeus
perseguiu o rei, e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o seu exército se
dispersou." (II Reis 25.4-5).
A passagem dos lapidários
Enquanto caminhava ao redor e
examinava esta caverna, Wyatt tentou se familiarizar com os lapidários. Quando
viu que a caverna se estendia pelo fundo da montanha, percebeu como era sem
sentido e cansativo tirar as pedras da pedreira e as levar para a cidade por um
dos portões do muro norte. Como a pedreira está debaixo da cidade, seria muito
mais fácil retirar as pedras diretamente da pedreira. Um simples buraco no teto
da caverna poderia iluminar consideravelmente a carga dos trabalhadores.
Wyatt começou a examinar os
pilares de pedra que os trabalhadores tinham deixado para apoiar o teto da
caverna. Um dos pilares se parecia um grande monte de terra e escombros
empilhado tão alto que atravessava um buraco no teto. Isto o fez pensar que
talvez existira uma abertura no teto da pedreira. Assim, a Arca poderia ter
sido transportada para baixo por este buraco, e então passada por um túnel, e
finalmente trazida para a câmara onde agora está.
Um dos túneis da caverna
Um querubim da guarda
Wyatt começou a procurar
túneis, e logo achou um. Estava escondido por trás de pedregulhos e rochas
suspensas e fechado por pedras que haviam sido cortadas e lavradas com este
propósito. O túnel ia para a direita, mas ainda era um longo caminho para a
câmara. Se este fosse o túnel certo, teria muito trabalho para limpá-lo.
Quando o francês Charles
Clermont-Ganneau em finais do século XIX desenhou a caverna de Zedequias, fez
esboços, mapas e diagramas de quase cada detalhe da enorme pedreira. Uma de
suas descobertas foi um querubim gravado em um pilar. Tinha corpo de leão, um
par de asas e cabeça de homem com um véu antigo. Clermont-Ganneau removeu o
querubim e enviou ao Fundo da Exploração Palestina em Londres. É parecido com
um querubim do Palácio Israelita em Samaria. O estilo é aproximadamente do 7º
século AC, quando Israel estava sob influência da cultura assíria. Isto ocorreu
antes dos babilônios tomarem Jerusalém, e coincidiu com o tempo em que foi
escondida a mobília do Templo.
Desenho do Querubim removido
da caverna de Zedequias
Com esta conexão é
interessante verificar novamente a citação do livro apócrifo II Macabeus
mencionado anteriormente. Assim diz sobre Jeremias e os homens que esconderam a
mobília do Templo na caverna: "Em seguida, bloqueou a entrada. Mais tarde,
alguns dos que tinham acompanhado Jeremias, vieram para marcar o lugar, mas não
conseguiram encontrá-lo. Quando soube, Jeremias repreendeu-os dizendo: O lugar
ficará desconhecido, até que Deus finalmente se mostre misericordioso e reúna
novamente seu povo". É possível que o querubim gravado próximo da entrada
bloqueada seja uma marca feita pelos homens (levitas?) de Jeremias, já que não
conseguiram achar a gruta.
Em seguida, Wyatt usou um
radar para esquadrinhar e garantir que realmente havia um túnel da pedreira até
a câmara onde achou a Arca da Aliança e os outros objetos. Aproximadamente 6,5
metros abaixo do nível do solo ele descobriu um túnel vazio que ia na direção
dos buracos que atravessou e da câmara, mas por causa das edificações que
obstruem o caminho, ele não pôde seguir todo o túnel. Ao invés disso ele levou
o radar para a caverna de Zedequias e esquadrinhou a entrada que havia achado.
Quando parecia existir um vazio atrás dos blocos de pedra, na verdade abria uma
passagem. Mas escombros bloqueavam o túnel mais adiante, parecendo que alguém
tinha tentado fazê-lo parecer natural, tentando esconder o fato de que eles
tinham fechado o túnel propositalmente. A passagem foi bem bloqueada e,
novamente, o trabalho de limpá-la seria extremamente laborioso.
Uma experiência especial
Wyatt decidiu que a única opção era fazer uma entrada
maior para a câmara, cavando um poço diretamente acima dela, diretamente abaixo
da rocha. Havia um risco do poço se desmoronar podendo destruir os objetos na
caverna. Também seria um grande projeto que requereria muito trabalho. Após
várias escavações ele iria escavar aproximadamente 3 metros de rocha calcária, mas
o fim estava longe. Quase dez anos tinham se passado desde que ele achou a
Arca, e a sua frustração cresceu por causa dos enormes esforços que tinha
passado, tudo parecendo infrutífero até o momento.
Um ou dois meses antes de voltar a Jerusalém para trabalhar
no poço, Wyatt realizou uma reunião em uma igreja na Carolina do Norte. Ele
apresentou vídeos e os espectadores fizeram-lhe perguntas. Durante esse período
de questionamento, um indivíduo perguntou-lhe quando planejava estar em Israel.
Quando Wyatt e seu assistente chegaram mais tarde ao hotel em Jerusalém, aquele
mesmo homem estava sentado, esperando por ele. Aparentemente acreditou que era
algum tipo de profeta, e lhe ofereceu ajuda no projeto. Mas Wyatt esteve ali há
tanto tempo que era impossível continuar com seu trabalho. Ele perdeu toda a
esperança e sentiu todo o projeto abandonado. Ele acreditava que a sua viagem
em vão significava que era a hora de “sair do emprego”. Ele sabia que Deus não
precisava particularmente dele para completar o trabalho.
Foi então que Wyatt teve uma experiência que o marcou a
sua vida. Ele estava se sentando próximo aos nichos e dos buracos das cruzes
que haviam encontrado no princípio das escavações. O tal homem tinha terminado
a difícil tarefa que Wyatt havia lhe dado e estava sentado há alguns poucos
metros, almoçando debaixo da sombra de um grande arbusto. O nível de chão onde
eles estavam sentados era muitos metros abaixo do que a área ao redor. De
repente Wyatt ouviu uma voz atrás dele dizendo, “Deus o abençoe no que está
fazendo aqui”. Wyatt virou-se. No topo de uma escadaria, estava um homem alto
de pé, esbelto de cabelo escuro. Ele estava usando um longo roupão branco e um
turbante (ou mitra) na cabeça semelhante ao usado em tempos bíblicos. Wyatt não
tinha contado para ninguém o que estava fazendo e desejou saber quem era aquela
pessoa. Achou-lhe estranho por saber tudo sobre ele e o que estava fazendo.
Wyatt tentou descobrir quem era aquele estranho e tentou conversar
educadamente: “Você é desta região?” , perguntou. “Não” , era a simples
resposta seguida de um silêncio. “Você é um turista?” , perguntou-lhe Wyatt.
“Não” , silenciando-se novamente. Wyatt não sabia mais o que poderia dizer,
então apenas sentou-se e observou-lhe sua amável face. Então o homem lhe disse:
“Estou no caminho da África do Sul para a Nova Jerusalém” e repetiu as suas
primeiras palavras: “Deus o abençoe no que está fazendo aqui”. Então se virou e
foi embora.
Por estar sentado debaixo do arbusto, o ajudante
"não convidado" de Wyatt não tinha visto o homem vestido de branco,
mas tinha escutado toda a conversa. Ele perguntou: “Você acha que falamos com
um anjo?” (Hebreus 13.2). “Talvez” respondeu, porque deixou-lhe a impressão que
pudesse ter sido até o próprio Jesus Cristo...
Só há uma entrada no Jardim da Tumba, e todo mundo tem
que passar por ela para entrar no complexo. Wyatt perguntou ao pessoal do local
se tinham visto o tal homem de branco e eles responderam que ninguém vestido
daquele jeito havia entrado ou deixado o Jardim da Tumba. Ninguém o tinha
visto. Esta experiência o fortaleceu e o encorajou para que continuasse, não
importando a difícil situação em que se encontrava.
A quarta visita a câmara
Wyatt tinha tentado várias vezes tirar fotos nítidas da
Arca com máquinas fotográficas e uma câmera de vídeo, mas em todas as imagens
ficaram desfocadas, lhe causando muita frustração. Em sua quarta visita na
câmara Wyatt levou consigo uma câmera de vídeo e um tripé, esperando finalmente
gravar um filme nítido da Arca
Depois de passar pela mesma
entrada que sempre usou para ir até a câmara, notou imediatamente que algo
estava diferente. As pedras que tampavam a caverna não estavam mais lá. Uma luz
brilhou na câmara, mas não podia entender como. Ele então viu que a câmara
havia sido completamente limpa e todas as pedras retiradas. Uma tarefa que ele
sabia que teria de ser feita mas levaria muito tempo, e agora o trabalho estava
feito! A câmara estava totalmente limpa, e a Arca da Aliança tinha sido
retirada da caixa de pedra. Ele ficou subjugado pelo que viu. A Arca estava
contra uma parede da câmara, debaixo da rachadura do teto causada por um
terremoto, por onde o sangue de Jesus tinha fluído até cair sobre o
propiciatório. As outras mobílias do Templo estavam em suas posições corretas
em relação à Arca. O restante dos objetos foi posto ao longo de uma das
paredes. As imagens mostram como é a Arca e o local do propiciatório onde foi
derramado o sangue.
Vista frontal
Vista superior em perspectiva
Dimensões, detalhes e o modo
de retirar o propiciatório
Embora Wyatt não conseguia
descrever exatamente assim mas a parede atrás da Arca parecia cristal e radiava
as cores do arco-íris. Enquanto estava olhando para aquilo, ele percebeu de
repente que não estava só. Ele pode perceber a presença de anjos. Havia quatro
homens jovens na caverna, que não se assemelhavam a forma popular de se
representar anjos (com vestido branco e asas). Estavam vestidos normalmente.
Wyatt ficou parado durante vários minutos, não se movendo ou falando. Ele
queria saber o que estavam fazendo lá e por que estavam lá, mas se achou
incapaz de falar.
Um dos anjos deu um passo para
a frente e começou a falar com ele. Disse-lhe que são os 4 anjos designados
para vigiar a Arca desde a sua construção, no Sinai. Ele se aproximou da Arca e
as Tábuas de Pedra foram retiradas dela, e o anjo as colocou em um nicho na
parede, e começou a lhe informar sobre vários assuntos importantes. As Tábuas
de Pedra só iriam ser postas em exibição ao público depois que uma lei fosse
aprovada em todo o mundo. Uma lei que forçaria o mundo a receber “a marca da
besta”.
Wyatt montou a câmera de vídeo
e começou a filmar antes que ele retirasse as Tábuas de Pedra da Arca da
Aliança. Ele pegou a máquina fotográfica e a fita de vídeo e saiu da caverna
pela sua entrada original. Seguindo o túnel, descobriu a saída do sistema de
caverna para a rua. Ele foi para o quarto do hotel e conferiu a filmagem. A
Arca, os anjos e as Tábuas de Pedra estavam perfeitamente visíveis e ficou
muito satisfeito por tudo estar tão nítido. Mas a sua alegria mudou de repente
ao lembrar do que o anjo havia-lhe dito. Isso não ia ser mostrado antes que a
lei da “marca da besta” fosse aprovada. Ele sabia a natureza da lei à que estava
se referindo, e sabia o significado das palavras do anjo. O que ele iria fazer
com a fita até aquele tempo? Onde estaria segura?
Wyatt, não sabendo o que
fazer, decidiu voltar à câmara e perguntar ao anjo o que ele deveria fazer com
a fita de vídeo. Ao entrar na câmara o anjo com quem havia falado lhe perguntou
o que queria. Wyatt lhe falou que não tinha um lugar suficientemente seguro
para guardar a fita. O anjo pegou a fita da sua mão e colocou-a próxima das
Tábuas de Pedra que estavam no nicho.
Nos fins da década de 90,
Wyatt estava se aproximando dos 70 anos. Ele estava cansado devido as pressões
de trabalho e também lutava contra um certo tipo de câncer. Ainda assim
persistiu, trabalhando pesado, fazendo tudo o que pôde para ajudar as pessoas a
espalhar a mensagem que estas descobertas tinha para o mundo, e a mensagem do
Cristo vivo. No dia 4 de agosto de 1999, Ronald Wyatt morreu de câncer em
Tennessee, EUA.
Passagem para a caverna
O exame de sangue
Wyatt conta a história novamente
para um pequeno público dentro da Caverna de Zedequias, “Depois de ter estado
lá [a caverna com a Arca da Aliança] três vezes, na quarta vez em que entrei,
havia quatro homens jovens que se levantaram, que se os tivesse visto na rua
não teria notado nenhuma diferença entre eles e qualquer outra pessoa. Um deles
disse, "Nós somos os anjos que foram designados à Arca da Aliança, e lhe
contaremos o que Deus quer que seja feito com isto, e lhe ajudaremos a fazer o
que Ele quer que seja feito com isto." Eles queriam que levasse uma
amostra do sangue para ser analisado. Tudo que tinha comigo eram um cartucho de
filme (recipiente de filme de máquina fotográfica) e uma aba de puxar (tampa
superior) de uma lata de Coca-Cola. Então peguei aquela aba, deformei-a para
fazer uma pequena concha e coloquei o sangue seco sobre ¾ dela. Nós o levamos
para ser analisado. Colocamos uma quantia do sangue seco em uma solução normal
de sal na temperatura do corpo (36°C), e a misturamos suavemente durante 72
horas. E esta foi parte das instruções que recebi do anjo. Quando guardamos a
cultura durante outras 72 horas e a visualizamos em um microscópio, as células
brancas estavam se dividindo.
Vocês podem conferir a imagem do sangue nesse link aqui
Vocês podem conferir a imagem do sangue nesse link aqui
Nós obtivemos uma contagem de
cromossomos. Havia 24 cromossomos. 23 Cristo recebeu de Maria. Ele recebeu um
que era o determinante de sexo, ou o Y do seu Pai divino para um total de 24.
Todos nós temos 46. Nós recebemos 23 de nossa mãe e 23 de nosso pai. Agora
estes ainda estão vivos após quase 2000 anos. As pessoas que fizeram o teste
pensaram que eu tinha passado a perna neles. Nunca em suas vidas haviam visto
um sangue seco que ainda estava vivo. Há um texto na Bíblia que fala sobre
Cristo. Está em Salmos (16.10) diz: "Pois não deixarás a minha alma no
inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção". Então após quase
2000 anos, o sangue de Cristo estava muito vivo, e ainda está. Assim o
Espírito, o sangue e a água estão testemunhando na Terra. (I João 5.6-8)”
(Ronald Wyatt, Zedekiah's Cave, novembro de 1996).
A cultura foi levada para um laboratório israelense que
descobriu a existência de apenas 24 cromossomos. Nesta palestra, Wyatt responde
a uma pergunta sobre este caso.
Contagem dos cromossomos: 24 de Jesus e 46 do homem normal
Diante deste fato surge a pergunta: Como era o sangue de
Adão, filho de Deus, já que não teve uma mãe? Teria também 24 cromossomos?
A mensagem que ninguém tinha
ouvido
A história de Ronald Wyatt
chamou muita a atenção como também uma violenta discussão. Um homem simples
estava contando ao mundo uma história incrível que ninguém havia ouvido antes.
Para alguns era uma história fantástica onde o mundo espiritual é descrito como
acreditável e real. Wyatt estava afirmando que a Bíblia, o livro mais lido no
mundo, era a verdade histórica, mas afirma também que o Homem que nasceu neste
mundo aproximadamente há 2000 anos atrás, realmente era o Messias que os judeus
haviam esperado, mas rejeitaram. Não só isso, mas está afirmando que Ele foi o
Único por quem Deus criou este mundo. A descoberta de Wyatt até hoje incita
incredulidade, até mesmo no mundo cristão, e cria mal-estar dentro da
comunidade judaica. Até o momento esta mensagem não é reservada para as
comunidades religiosas. De fato faz um efeito enorme em todo o mundo, por isso
fazem a pergunta, “A Bíblia é realmente verdadeira?”.
A história de Ronald Wyatt não
falta credibilidade pois várias pessoas estavam com ele quando estava cavando,
e podem testemunhá-la. Em um certo momento havia aproximadamente 15 pessoas
diferentes que ajudaram limpando túneis. Havia o pequeno árabe que entrou
primeiro na caverna e foi tomado por um medo indescritível, simplesmente saindo
da câmara. O romã, o primeiro artefato descoberto do primeiro templo, que hoje
encontra-se seguro em um pequeno gabinete de vidro no Museu Israelita, como uma
testemunha visível. O exame do sangue da câmara tem chocado os investigadores
profissionais ao redor do mundo, e ninguém pode negar muitas das coisas que
testemunham para o fato da história de Ronald Wyatt ser verdade. Porém, para
alguns a história continua tão inacreditável porque eles não viram a Arca ou o
sangue. Assim eles preferem duvidar. Wyatt disse, um dia o mundo verá a
evidência com seus próprios olhos, mas se não quiserem acreditar então há pouco
o que fazer para os convencer. O mundo está pronto para acreditar que fora de
fato criado e que nós não evoluímos de macacos ou répteis?
Wyatt na Caverna de Zedequias
ensinando sobre a descoberta da Arca da Aliança
O sangue de Jesus derramado no
propiciatório contém a mensagem que jamais alguém ouviu ou até mesmo pensou.
Nem mesmo o próprio Ronald Wyatt, antes de ter descoberto a Arca e ter contado
a história. Ainda restam perguntas nas mentes de muitas pessoas, “Por que
aconteceu?” e “O que tudo isso significa?”
O Estatuto Perpétuo
"E quase todas as coisas,
segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há
remissão." Hebreus 9.22
A necessidade do sangue ter
caído no propiciatório está no Estatuto Perpétuo do "Dia da Expiação"
determinado por Deus (Levítico 16). No 10° dia do 7° mês (mês de Etanim,
correspondente ao período atual de Setembro-Outubro), o sacerdote atravessava o
véu do santuário usando roupa e túnica de linho. Então aspergia no
propiciatório sobre a Arca, o sangue de um novilho por seus pecados e pelos da
sua família, e o sangue de um bode pelos pecados do povo de Israel. Os
estrangeiros (Gentios) e o povo não podiam trabalhar nesse dia.
No dia da crucificação, Jesus
usava a sua própria roupa e uma túnica (Mateus 27.31-35, Marcos 15.20, João
19.23) que foi trocada pela coroa de espinhos. Para morrer pelos pecados dos
Gentios, bastava o derramamento de sangue na cruz, mas era necessário também
que morresse pelos pecados do sacerdote (o próprio Jesus, o verdadeiro
sacerdote) e do povo de Israel, assim anularia a antiga aliança. Isso só
poderia ser feito atravessando o véu, que era a sua própria carne (Mateus 27.51,
Marcos 15.38, Lucas 23.45 e Hebreus 10.20 ) e aspergindo o seu próprio sangue
no propiciatório. Por isso afirmou que destruiria o santuário e o reedificaria
em três dias (Mateus 26.61, Marcos 14.58 e João 2.19-21), anulando os estatutos
antigos.
O "Dia da Expiação" não era
respeitado desde a invasão dos babilônios. Isso porque a Arca foi removida do
templo antes deste ser incendiado, e os sacerdotes foram levados para a
Babilônia. Não a vendo mais, naturalmente creram na sua destruição no incêndio.
Quando retornaram do exílio, os sacerdotes voltaram a respeitar as festas,
fazendo sacrifícios e holocaustos no 7° mês (Esdras 3.1-7 e Neemias 8). Porém,
já não havia mais a Arca.
O sangue derramado confirma
dois Estatutos Perpétuos - do Dia da Páscoa e do Dia da Expiação:
- O sacrifício do cordeiro
- Na Páscoa (1° dia do ano), tinha que
ser no final da tarde (Êxodo 12.6 e Levítico 16.5-6). Podia ser também para os
Gentios (Números 9.14), confirmado em Gálatas 3.13-14, Isaías 53.4-7, João 1.29
e I Pedro 1.19;
- O sacrifício do novilho
- Somente pelos pecados do sacerdote e
da sua família (Levítico 16.14), ou seja, o próprio Jesus como maldição na
cruz;
- O sacrifício do bode - Somente pelos pecados
do povo de Israel (Levítico 16.15).
O sangue da Nova Aliança
derramado sobre a Antiga Aliança, substituindo-a!
Mortes por tentativa de retirar a Arca
Em uma de suas
estadias em Jerusalém, Wyatt recebeu um pedido de ajuda por parte das
autoridades israelenses. O problema era sobre 6 homens que tinham entrado no
sistema de túneis pela Caverna de Zedequias numa tentativa de passar a Arca
para outro local do sistema. A motivo desta operação era que naquele tempo a
área havia sido ocupada por palestinos e as autoridades israelenses temiam que
a tomassem definitivamente levando-lhes a perder o acesso ao local da Arca.
Yasser Arafat tinha a intenção de retomar a área e parecia que a ONU e os
Estados Unidos queriam que Israel aceitasse aquela situação. Assim para eles
parecia lógico mover a Arca alguns metros e usaram homens por não haver
equipamentos eletrônicos remotamente controlados para fazer isso. A história
foi esta:
Em 1990 Ronald
Wyatt visitou Jerusalém. Como era o costume dele, foi ao escritório da
Autoridade de Antigüidades Israelita (IAA) os deixar saberem que estava na
cidade e ver se precisavam de sua ajuda em alguma coisa. Lhe disseram:
"Sim, estamos numa situação que precisamos de sua ajuda". Então lhes
disse que os encontraria na Caverna de Zedequias naquela noite.
Quando Wyatt
chegou havia vários automóveis oficiais estacionados no local. Ao entrar na
caverna foi escoltado até o lugar onde a entrada do sistema de túneis
fica situada para então ir ao local da Arca. Lhe foi falado que tinham sido
enviados 6 homens ao túnel para mover a Arca e o conteúdo da câmara a uma parte
diferente do sistema de forma que ficasse segura, afastada do território
ocupado. Os homens foram vestidos como sacerdotes (levitas) e carregavam rádios
para comunicação mas logo após terem entrado no túnel começaram a gritar. Os
gritos eram tão terríveis que o restante dos homens tiveram medo de entrar
também. Eles perguntaram a Wyatt se ele entraria e veria o que tinha
acontecido. Ele concordou.
Ao entrar no túnel
viu que os homens só tinham caminhado aproximadamente 20 metros faltando 90
para chegarem até a Arca. Eles estavam mortos no chão com os olhos grandemente
abertos e virados para trás. Como médico anestesista, Wyatt percebeu que era um
sintoma clássico de um golpe bilateral ou uma hemorragia volumosa no cérebro.
Então saiu e contou para as autoridades o que havia encontrado. Em seguida
levou uma cesta de salvamento com uma corda presa no túnel e retirou os corpos
dos homens um por um. Pediram-lhe que não mencionasse a ninguém sobre o
incidente.
Outros
incidentes por causa da Arca
Aproximadamente 16
pessoas morreram por tentarem interferir ou parar os trabalhos que Wyatt fez
com a permissão de Deus. A maioria delas morreu particularmente relacionada à
Arca da Aliança.
Um dos incidentes
foi com um homem que soube da existência da Arca antes de Wyatt afirmar que não
diria nada sobre ela. Ele ficou entusiasmado e queria que Wyatt desse
informações à imprensa. Ele recusou e então o homem disse que iria divulgá-las
e chamou alguns jornalistas para uma conferência à imprensa. Wyatt estava
bastante preocupado com isto, mas não pôde fazer nada pois havia programado
pegar o vôo para casa na manhã seguinte, no mesmo horário da entrevista
coletiva. Aquela conferência nunca foi realizada - o homem foi encontrado morto
em uma ruela atrás do local com a garganta cortada de orelha a orelha!
Outro incidente no
qual os resultados só não foram trágicos porque Deus não permitiu, foi quando
um programa de televisão religioso desejou obter informações sobre a descoberta
da Arca e tentou convencer Wyatt a levá-los ao local, tentando suborná-lo com
dinheiro. Ofereceram pagar qualquer quantia para irem com ele, esperando que
Wyatt lhes mostrasse a Arca. O chefe do programa e seu irmão estavam lá e
faziam pressão para que os levasse à Arca, mas Wyatt recusou.
Finalmente alguém
sugeriu que eles orassem para aparecer "um sinal" indicando o que
fazer. Então oraram para que chovesse até o amanhecer somente se Wyatt não os
fosse levar à Arca . Chuva naquela parte do mundo e àquela época do ano era
muito improvável, mas aquela noite choveu forte. Mesmo assim no dia seguinte,
um dos irmãos ainda insistia para que fossem levados à Arca e sugeriu que o seu
irmão fosse. Porém este lhe disse que não iria sozinho.
O resultado foi
que eles não pegaram a fita de vídeo sobre a Arca como planejado e o irmão
insistente iniciou um boato dizendo que Wyatt havia quebrado um acordo e levado
o dinheiro.
Escavações Recentes
Em 1989 essas escavações foram encerradas e desde então
houve muita especulação e controvérsia sobre os achados, o que causou muita
angústia para a Associação do Jardim da Tumba, pois Wyatt não pôde validar suas
afirmações por ter falecido em 1999, sem deixar concluída nenhuma evidência.
Desde aquele tempo, o Wyatt Archaeological Research
(W.A.R.) tem feito todo esforço para substanciar suas afirmações - prover uma
segunda testemunha que transformaria uma suposição em fato estabelecido. Em
2002 recebeu permissão da Associação do Jardim da Tumba e da Autoridade de
Antigüidades Israelita, cujo empenho começou com determinação. As apresentações
foram gravadas em DVD e são resumos de uma grande quantia de trabalho realizado
em quatro anos, a maioria de projetos intensivos e caros empreendidos pelo
W.A.R.. Eles são dedicados ao Salvador e ao grande número de trabalhadores
voluntários e contribuintes sem os quais teria sido impossível realizar esta
tarefa monumental.
Em 2003 o W.A.R. continuou a escavar na caverna de
Zedequias a fim de encontrar mais detalhes da passagem por onde Jeremias
carregou a Arca. A direção do W.A.R. descreve todo o trabalho do projeto:
"Em fevereiro de 2003 o W.A.R. utilizou um radar de
profundidade de solo para escânear o exato local em que Wyatt descreveu como a
entrada da passagem de Jeremias. O radar revelou um vazio atrás de uma parede
feita por mãos humanas, e assim iniciou-se o projeto para localizar a passagem.
Foram obtidas licenças de escavação com a Autoridade de Antigüidades de
Israelita e um apelo foi feito para voluntários participarem. A resposta foi
impressionante. Não só havia os que se ofereceram a ajudar fisicamente no
trabalho, mas outros com apoio financeiro e a maioria com um importante apoio
por meio de oração.
Entre os que apoiaram o W.A.R., uma equipe internacional
consistindo em trinta voluntários participou fisicamente para localizar a
passagem de Jeremias.
O projeto começou com o uso da mais recente tecnologia em
Subsurface Interface Radar, um dispositivo que permite examinar abaixo da
superfície e ver em que posição os objetos estão. A escavação começou abaixo da
parte frontal da parede encontrada pelo radar numa tentativa para encontrar
alguma abertura que poderia conduzir à passagem de Jeremias. Este esforço levou
a uma descoberta perigosa e inesperada que alteraria os planos da escavação; a
descoberta que parecia ser da fundação das paredes tinha apenas uma curta
distância abaixo da superfície.
Naquele momento, era incerto se o que tinha sido
descoberto era verdadeiramente uma fundação, ou o topo de outra parede. Mais
uma vez o radar foi empregado numa tentativa para determinar a natureza da
descoberta. Depois de revisar os dados os arqueólogos israelitas solicitaram
uma ampla escavação: a remoção de toneladas de material. O pedido apresentava
uma tarefa aparentemente insuperável dado o limite de tempo dos trabalhadores.
Levantou-se a pergunta: Como poderia tanto material ser removido em um curto
período de tempo?
A equipe do W.A.R. foi trabalhar. Um sistema de rampa foi
projetado para tornar possível transportar pedra, terra, e escombros do local
da escavação para descer os carrinhos de mão: um sistema que comprovaria
grandemente acelerar a escavação. Em um esforço sem precedentes, toneladas de
material foram removidos em tempo recorde só para confirmar que o que havia
sido revelado realmente era uma fundação e não o topo de outra parede
Depois que as paredes foram
cuidadosamente e meticulosamente limpas, os engenheiros foram trazidos para
analisar a situação. Na conclusão ficou uma dúvida sobre escavar mais adiante.
A parede estava em risco de desmoronar!
Os membros da equipe de
escavação trouxeram uma gama extensiva de talentos: empresários, médicos e
enfermeiras, envolvidos no campo da ciência, e perícias no campo da construção
e de materiais de construção. Através de escolha divina, não foi nenhuma
coincidência a participação do dono de uma das maiores empresas do mundo da
área de fundações. Foram apresentados planos aos engenheiros e um esforço em
conjunto foi lançado para projetar um método de escorar a parede e assim poder
escavar seguramente debaixo dela.
Uma reunião especial foi
realizada no Museu Rockefeller, prédio da Autoridade de Antigüidades de
Israelita, e depois de horas de extensa discussão e cálculo científico um
sistema de escoramento foi projetado para permitir a continuação das
escavações. Enquanto a equipe de escavação preparava o local, foi encaminhada a
procura por material para a escora de madeira; uma tarefa cara e não tão
simples em Jerusalém, uma cidade em que predominam as construções de pedra.
Depois de muita procura os materiais finalmente foram entregues horas mais
tarde e a primeira armação do escoramento estava pronta para ser colocada.
Na frente da parede
subterrânea um abrigo seria construído para que a escavação pudesse continuar
seguramente debaixo da sua fundação. Os membros da equipe posicionavam as
armações de escoramento de uma em uma, enquanto ao mesmo tempo outros apoiavam
a parede cuidadosamente com bolsas de areia. Tendo reforçado a parede, então o
trabalho poderia continuar. Seguindo o caminho do material que tinha sido visto
no radar, um túnel foi construído debaixo da fundação da parede antiga. Um
caminho de pedra solta e terra macia foi localizado confirmando o relato de
Ronald Wyatt. Esta certamente é uma área que deve ter sido ocupada em algum
momento no passado. Investigações no material e mais escaneamentos com o radar
indicavam que estávamos na pista certa.
Mais uma vez, preocupações de
segurança se tornaram um fator. Foi determinado pelos engenheiros selecionados
pelo projeto que uma vez a escavação estendida além das paredes da fundação,
que agora serviam como um teto, o grande peso do material solto acima poderia
desmoronar sobre as escavações; um perigo mortal.
Para determinar com precisão
quanto material havia acima, uma equipe de vistoria foi convocada para calcular
a posição e a elevação exata da escavação de Wyatt em relação as paredes
antigas de Suleiman, e a Cidade Velha de Jerusalém sobre a qual está situada.
Depois de localizar um ponto de referência de pesquisa, externo ao muro norte
de Jerusalém, a posição da cidade estava sobreposta no mapa de escavação. A
pesquisa levou a uma descoberta surpreendente. Para surpresa de todos, não só a
escavação estava a se estender do outro lado da parede abaixo mas também além
dos altíssimos muros exteriores de Jerusalém, tudo em perfeito acordo com o
relato de Ronald Wyatt.
A vistoria continuou e ficou definido que mais de 10
metros de material estavam localizados acima dos trabalhadores.
Como o tempo da primeira fase das escavações se
aproximava do fim, todos os participantes estavam de acordo que o local deveria
ficar protegido temporariamente. Uma decisão que não finalizava o projeto, mas
era o bastante para um novo começo, um passo essencial para se ter sucesso no
futuro.
Lembrando que Ronald Wyatt trabalhou durante três anos e
meio antes de realizar seus esforços para localizar a Arca da Aliança, as
equipes do W.A.R. retornam para casa com um senso de cumprimento e aguarda um
outro dia na busca da chave que destravará o mistério do querubim na caverna de
Zedequias, e a passagem que conduz à Arca da Aliança."
As escavações foram reiniciadas em agosto de 2005. Pela
primeira vez o lugar que Wyatt descreveu como o local da crucificação foi
gravado em DVD para comprovar as descobertas feitas por ele nos anos 80.
Edificações antigas escondidas durante milhares de anos foram localizadas tendo
artefatos com datas anteriores ao tempo do rei Davi. A direção da Autoridade de
Antigüidades Israelita descreve todo o trabalho:
"Durante o mês de agosto de 2005 uma escavação de
teste foi realizada dentro do complexo do Jardim da Tumba, ao norte do Portão
de Damasco (Licença para escavar n° A-4549). A escavação, em nome da Autoridade
de Antigüidades, foi financiada por duas fundações americanas - o Wyatt
Archaeological Research (W.A.R.) do Tennessee e o Biblical Archaeology
Foundation (BAF) do Texas - foi dirigido por Y. Zelinger, com a ajuda de V.
Pirsky (inspeção), I. Berin (desenho de plantas), T. Sagiv (fotografia), N.
Katznelson (achados em vidro), T. Ornan (lacre de rolo), D.T. Ariel
(numismática), C. Hersch (desenhos de vidros e cerâmica), tendo também
participações de voluntários de várias partes do mundo.
A escavação foi iniciada ao sul da formação rochosa
natural identificada pelo General C. Gordon em 1883 como "Gólgota".
Durante os anos 80, Ronald Wyatt escavou várias câmaras subterrâneas no local.
A escavação atual foi realizada nas câmaras anteriores e adicionais.
Mapa da localização da Caverna
de Zedequias no local escavado
O complexo subterrâneo foi
acessado por meio de um poço natural estreito, descendo 5 m e abrindo em uma
câmara de molde irregular (2 × 3 m e 2,8 m de altura). Uma abertura estreita
(0,65 × 1 m) foi feita na parede sul da câmara, dando em um corredor cortado na
rocha, direcionado de leste a oeste. A passagem foi bloqueada para o oeste pela
queda de terra e pedras; para o leste, leva a uma edificação circular (3 m de
diâmetro) cujas paredes foram construídas com pedras do campo (0,3-0,4 m de
largura) e edificadas nos degraus de uma pedreira antiga que descia
verticalmente (2,5 m) para o sul. A função da edificação não foi determinada
devido às limitações da escavação. Provavelmente era parte de uma estrutura
residencial ou uma instalação industrial. A terra acumulada nesta área revelou
uma moeda extremamente usada no período Umayyad (697-750 DC). A maioria dos
fragmentos de cerâmica deste local datava dos períodos helenístico-bizantino:
uma garrafa comprida do período helenístico, uma panela de cozinha, um jarro e
um abajur do período romano e uma tigela do período bizantino.
Outros achados recuperados
nesta área incluíam uma cratera (jarra em forma de taça) datada da Idade do
Ferro II, um jarro da Idade do Ferro I e uma estatueta de animal quebrada bem
conhecida da Idade do Ferro II em Jerusalém. Um achado especial foi um selo
cilíndrico de vidro (0,75 cm de diâmetro e 1,7 cm de comprimento; o selo foi
assim identificado por C. Hersch), datado do 8° ao 7° século AC. O selo é no
estilo Neo-Assírio local e retrata um adorador em frente a uma meia-lua em uma
vara, representando o deus-lua, Pecado de H.aran. (Sin of H aran)
A parede sul da edificação
circular foi quebrada e levava a outra câmara de molde irregular que não foi
escavada devido a problemas de segurança. Porém, sua parede ocidental curvada
provavelmente era a parede exterior de uma cisterna de água, revelada no teste
com radar de penetração de solo.
Os achados que estavam
desordenados pela escavação anterior e as condições da atual escavação tornaram
difícil o reconhecimento dos restos. O período inicial do local foi uma
pedreira, subsistida por canais de divisão das pedras de alvenaria. Era parte
da extensa pedreira conhecida próxima da Caverna do Zedequias e da Gruta de
Jeremias. Os achados de cerâmica e do selo cilíndrico da Idade do Ferro foram
talvez de ruínas de um cemitério da Idade do Ferro perto de St. Etienne que
tinha aparentemente estendido sobre a área do Jardim da Tumba. As relativas
quantidades de achados cerâmicos recuperados da edificação indicam que podem
ser datadas do período romano".
Novas escavações iniciadas em
agosto de 2006 revelaram uma cisterna circular bizantina de 45 mil litros e
também uma escadaria de pedra exatamente no local descrito por Wyatt. A foto
mostra o local da escavação 9 metros abaixo da superfície.
Em algum dia, num futuro
próximo, a Arca da Aliança e as Tábuas de Pedra com os 10 mandamentos bem como
os demais objetos serão finalmente retirados da Gruta de Jeremias. Mas não por
vontade e vaidade humana mas de acordo com a vontade de Deus, o verdadeiro dono
de todas essas relíquias.
Fotos do jornal Discovery
Times sobre o achado
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