O sítio arqueológico de Calçoene, conhecido como o
Stonehenge Brasileiro, pois possui um círculo de pedras similar ao famoso
existente na planície de Salisbury na Inglaterra, permitia a uma antiga
civilização de o Brasil conhecer com precisão a chegada do equinócio. A relação
entre o equinócio e a distribuição dos monumentos megalíticos de Calçoene no
estado do Amapá, foi descoberta por Marcomede Rangel do Observatório Nacional.
O conjunto de rochas disposto de forma circular em Calçoene permite estabelecer
tanto a chegada do solstício de inverno no hemisfério norte como o equinócio.
O sítio arqueológico brasileiro está localizado a 384 km ao
norte de Macapá, a capital do estado do Amapá, em latitudes do hemisfério norte
e a uns 14 km da cidade de Calçoene.
Assim como em Stonehenge, o sítio arqueológico brasileiro
conta com várias pedras de tamanho grande, algumas com até quatro metros de
altura enterrados no solo formando um círculo com 30 metros de diâmetro. O
local está em cima de uma colina e as pedras, segundo Rangel, possuem uma
pequena inclinação relacionada com o movimento do Sol no céu. No local que data
de aproximadamente 2000 anos, pertence a uma civilização desconhecida e já foi
declarado Patrimônio Megalítico do Brasil, foi descoberto em 1905 pelo
pesquisador Emilio Goeldi.
O sítio arqueológico foi estudado no começo do século
passado pelo etnólogo alemão Curt Niemandaju e em meados do século passado os
americanos Cliffords Evans e Betty Meggers também se interessaram pela região.
No começo deste século, depois de um longo tempo sem estudos, o local foi
objeto de pesquisa dos arqueólogos brasileiros Mariana Petry e João Darcy Moura
Santana.
Esses últimos descobriram em 2005 uma relação entre a
disposição das pedras e o solstício de inverno no hemisfério norte. Rangel
descobriu posteriormente em dezembro de 2009 que a distribuição das pedras
também tem uma relação com o equinócio, que é o dia em que o Sol se move
exatamente sobre a linha do Equador e quando a noite e o dia possuem a mesma
duração.
O equinócio era uma data importante para os povos antigos,
pois eles podiam com base nisso programar o plantio e a colheita. A relação
entre o sítio arqueológico e o equinócio foi determinada com a ajuda de GPS,
bússolas de precisão e cálculos de correção da declinação magnética.
Uma observação do local no dia do equinócio permitiu
verificar que quando o Sol se põe, a luz
do astro passa pelo buraco das pedras
que tem o tamanho da palma de uma mão e se projeta em outra pedra localizada a
15 metros de distância e inclinada. O uso do teodolito Kernr permitiu descobrir
igualmente que por cima de ambas as pedras passa o Equador terrestre, linha
imaginária que o Sol percorre nos equinócios. Os dados obtidos serão usados
para a elaboração de um mapa do céu que permite identificar outras relações
entre o círculo e as estrelas mais brilhantes e a Lua.
O sítio arqueológico de Calçoene, no norte do Estado do
Amapá, distante 384 km da capital Macapá, na latitude de +2 graus 37'
(hemisfério Norte), tem várias pedras monolíticas que estão fincadas no solo,
algumas com até quatro metros de altura.
São classificadas como menires (pedras) e do tipo cromeleque
(em formato circular), encontrados em outros locais do mundo. O local está no
alto de uma colina, e as pedras possuem pequena inclinação, relacionada com o
movimento do Sol no céu, em um círculo de 30 metros de diâmetros. As pedras
maiores estão num círculo de 20 metros.
Segundo dados do Instituto de Pesquisas Científica e Tecnológicas
do Estado do Amapá (Iepa), o local foi descoberto por Emilio Goeldi em 1905, e
data de 1.500 a 2.000 anos, sendo depois estudado pelo etnólogo alemão Curt
Niemandaju, no início da década de 20. Na década de 50, o casal de arqueólogos
norte-americanos Cliffords Evans e Betty Meggers também estive estudando o
local, que fica distante 14 km do centro da cidade de Calçoene.
Mas tudo isso ficou no esquecimento por muito tempo e até
muitos dos moradores nunca tinham ouvido falar do local. Só a partir de
2005/2006 é que o sítio arqueológico, que já está conhecido como
"stonehenge brasileiro", e por interesse do Governo do Estado do
Amapá, passou a ser estudado com detalhes pelos arqueólogos Mariana Petry
Cabral e João Darcy Moura Santana, do Iepa.
O sítio foi catalogado pelo Iphan como Sítio Megalítico
AP-CA-18. Segundo os dois arquelógos, foi encontrada a relação de algumas
pedras monolíticas com o solstício de inverno (hemisfério Norte).
Mais recentemente, entre os dias 4 a 6 de dezembro, o físico
Marcomede Rangel, do Observatório Nacional, um dos institutos do Ministério da
Ciência e Tecnologia, foi ao local pela segunda vez e descobriu nova relação
dessas pedras monolíticas com o fenômeno do equinócio. É o dia em que o Sol
caminha perfeitamente na linha do Equador. Nasce a leste e se deita a oeste. O
dia tema a mesma duração da noite.
É nesse ponto que o Sol passa de um hemisfério geográfico
para outro, determinando o início das estações, que pode ser primavera ou
outono, se o local estiver a norte ou a sul. Os povos antigos marcaram a data
para suas atividades, um calendário, como época de plantar, colher etc, e até
os períodos de chuva e seca.
Com o uso de teodolito, GPS, bússolas, trena e cartas
magnéticas, Marcomede mapeou o local, com ajuda de estudantes do curso de
turismo do Centro de Educação Profissional do Amapá (Cepa), na chamada
"Expedição Calçoene", que integrou o Ano Internacional do Planeta
Terra (AIPT), instituído pela Unesco. Ele já havia visitado o local em setembro
passado, em companhia de Paulo de Tarso Gurgel, professor do Cepa, que esteve
também nessa expedição, um dia antes do Equinócio, em 22 de setembro.
Com o uso de uma bússola de precisão e correção da
declinação magnética, o pesquisador notou a relação com o Equinócio. Pediu,
então, que Ulisses Silva, da Prefeitura Municipal de Calçoene, e Leilson
Carmelo da Silva, conhecido como Garrafinha, capataz do sítio, observassem no
pôr do Sol a luz penetrar numa pedra, com um buraco tendo o diâmetro de um
palmo, e projetar a bola de luz, provocada pela luz solar, numa outra pedra,
distante uns 15 metros, e inclinada. O resultado foi positivo.
Agora, nas medidas com o teodolito Kern DKM2-A, foi
confirmado que nessas duas pedras passa a linha Leste-Oeste - a linha do
Equador terrestre, que o Sol percorre nos Equinócios. Assim, segundo Marcomede
Rangel, além do Solstício do inverno (hemisfério Norte), que é quando o Sol tem
seu afastamento máximo da linha do Equador, também existe no sítio megalítico
de Calçoene uma relação com os equinócios.
Com os dados obtidos será confeccionado um mapa do céu para
identificar outras relações com estrelas brilhantes e a Lua, da mesma maneira
como acontece com o conhecido Stonehenge, no Sul da Inglaterra.
Bom dia. Adorei o blog.
ResponderExcluirA TODOS NÓS, QUE O AMOR DO PAI, ABENÇOE AS VIDAS DE SEUS FILHOS
Senhor, Tu que és bom, Vosso amor para conosco não tem fim... ajuda-nos a caminhar pelos caminhos certos , da verdade e do amor ao próximo, restaura as nossas vidas todos os dias, nosso Pai, para que seja cada dia melhor do que o ontem. Obrigado Senhor por existires nas nossas vidas...... Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espirito Santo Amém que assim seja.