Histeria Coletiva 2: A epidemia das mordidas

Em 1500 na Alemanha mais um convento foi acometido por um mal misterioso, simplesmente do nada uma freira mordeu outra,deixando em sua pele uma marca e com essa marca que era profunda também deixou uma mancha distinta e incomum,além de ser muito roxa.
Essa freira foi enclausurada e deixada no claustro por alguns dias e aparentemente parecia estar normal e calma,mas bastou apenas alguns minutos para que ela mordesse outra irmã,então foi amordaçada e enclausurada novamente, em uma das raras noções de lucidez a freira disse que não conseguia ter controle sobre o que estava fazendo.
Não demorou para que o boato da freira que mordia se espalhasse,assim sendo associada a esse mal uma causa demoníaca,depois de alguns dias essa estranha moléstia já havia se manifestado em outra freira e dentro d uma semana todas as freiras do convento apresentavam os mesmos sinais e sintomas desse mal.
Alguns emissários foram enviados por um Bispo,mais propriamente o Bispo da Saxônia para constatar se o fato era real,os emissários chegando ao convento ficaram horrorizados com o estado lastimável em que as freiras se encontravam e como a peste a praga se alastrou para povoados vizinhos sendo chamada de 'A peste das Mordidas'.
Essa praga passou por lugares como Brandemburgo(Alemanha),Holanda,algumas regiões da Saxônia e chegou a causar alarde em Roma.
Essa praga perdurou por algum tempo e contaminou muitas pessoas,deixando algumas muito machucadas,mas do mesmo jeito misterioso que veio também acabou se acalmando e aos poucos foi desaparecendo.
Por mais estranho que pareça esse mal acometia em sua maioria mulheres,depois de um tempo e já passada a pior parte as freiras do convento voltaram ao normal e receberam misericórdia da Igreja Católica por serem mulheres 'santas' já as mulheres que não pertenciam a convento algum,foram acusadas de bruxaria e pacto com o demônio e em sua maioria acabaram indo para a fogueira ou exterminadas em grupos.