Perseguição
(Suspense)
Meia noite,
cansado e com sono, lá estava eu, andando pelas ruas sujas e desertas dessa
cidade. Minhas únicas companhias eram a Lua e alguns animais de vida noturna.
Num canto havia um cão e um gato tentando encontrar alimentos, revirando latas
de lixo. Em outro ponto da rua, ratos entravam e saíam de um esgoto próximo à
padaria da esquina. Eu estava tentando lembrar por que havia saído tão tarde do
emprego, quando ouvi uns passos atrás de mim.
Caminhei mais
depressa, sem olhar para trás. Comecei a tremer e a suar frio. Coração
acelerado. Aqueles passos não paravam de me perseguir. Virei depressa. Não
havia nada além de sombras. O medo aumentou. Ou eu estava enlouquecendo, ou
estava sendo seguido por algo sobrenatural.
Corri
desesperadamente. Parei na primeira esquina, ofegante. Olhei novamente. Nada!
Continuei a andar, tentando manter a calma. Faltava pouco pra chegar a minha
casa.
Já mais tranqüilo,
parei, finalmente, em frente à minha porta.
Peguei a maçaneta, ainda um pouco trêmulo devido ao susto e à corrida. Quando a girei, a porta não abriu. Provavelmente meus pais já estavam dormindo. Procurei minhas chaves em todos os bolsos que tinha. Não encontrei.
Peguei a maçaneta, ainda um pouco trêmulo devido ao susto e à corrida. Quando a girei, a porta não abriu. Provavelmente meus pais já estavam dormindo. Procurei minhas chaves em todos os bolsos que tinha. Não encontrei.
Os passos
recomeçaram. O medo voltou em
dobro. Estava meio tonto. Não conseguia manter-me de pé. O
mundo girava vertiginosamente. Tentei gritar, mas a voz não veio. Aquele som se
aproximava cada vez mais. Não havia saída. Juntei, então, todas as minhas
forças e, num movimento brusco... Caí da cama e acordei!
Paulo André T. M.
Gomes (Texto escrito em 2003 e editado em 2011)
Muito bom esse texto e engraçado também rsrsrsrsrsrs
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