quarta-feira, 12 de novembro de 2014

John Henry Barnstead e seu revolucionário sistema de identificação de corpos

Olá mundanos!!! Hoje como vocês podem ver estou publicando para vocês mais uma matéria enviada pelo grandíssimo Elson, uma ótima matéria por sinal; falando um pouco sobre o desastre do Titanic, mas não falando de como ocorreu esse fatídico evento, e sim de algo bom que acabou resultando dessa tragédia, vocês lerão um pouco sobre John Henry Barnstead, um homem que com uma ideia simples mas eficiente, conseguiu mudar o rumo da identificação de corpos e é usado universalmente  até hoje, fiz algumas pesquisas na internet a procura de mais algumas fotos, e infelizmente  não obtive sucesso em encontrar uma foto de John que identificasse seu rosto com mais clareza, mas matéria por si só já vale muito à pena, então aproveitem e se deleitem com ela.
Mudança de leve na matéria...o vídeo já se encontra disponível no youtube,então deixarei o vídeo abaixo para que vocês possam assistir:





John Henry Barnstead: Herói desconhecido da tecnologia moderna de reconhecimento de corpos em grande desastres:
 John Henry Barnstead foi um escrivão da cidade de Halifax, Nova Escotia no Canadá. Ele era o responsável pela documentação de nascimentos, casamentos e falecimentos da cidade. Mas no ano de 1912 com o trágico acidente do RMS Titanic, John Henry Barnstead fica sendo responsável pela identificação dos corpos que serão trazidos para Halifax.
 O começo desta história todos conhece: em sua viagem inaugural em 10 de abril de 1912, o RMS Titanic, o navio que nem Deus afundaria, veio a afundar após se colidir com um iceberg no segundo dia de sua inaugural viagem da Inglaterra para os Estados Unidos.
 Com 2223 pessoas a bordo divididas em três classes, o RMS Titanic não tinha botes salva-vidas suficientes para todos. Sendo assim, 706 pessoas sobreviveram e 1517 pessoas morreram.

Halifax era o porto melhor equipado e mais próximo do acidente, 1500 quilômetros, e dois dias após a tragédia a empresa responsável do RMS Titanic, a White Star Line, contratou um navio em busca dos corpos e quem sabe sobreviventes. Este navio era o CS Mackay-Bennett, um navio encarregado de instalar e recuperar cabeamentos submarinos. Só que nesta viagem ao invés de cabos ele transportou 103 caixões para os corpos. Sua tripulação formada por 75 voluntários pescadores da região receberam o dobro do pagamento para esta viagem. E com um embalsamador chamado John R. Snow Jr. e sob o comando do capitão Frederick Harold Larnder.
 Numa corrida contra o tempo, pois a água gelada do Atlântico norte com seus ventos e suas correntezas iriam espalhar os corpos por milhares de Km². Em terra ficou o senhor John Henry Barnstead para preparar de melhor forma o recebimento dos corpos e um jeito fácil de identifica-los.
As viagens de navios transatlânticos continuaram seguindo suas rotas e quando chegavam ao seu destino eram narrados os horrores vistos pelos passageiros destes navios que não estavam equipados para o resgate de corpos tendo que passar direto pelo local do acidente. Mas com a visão de corpos e destroços do RMS Titanic espalhados pelo oceano.

No continente o senhor John Henry Barnstead fazia os preparativos para a chegada dos corpos e pensando como faria para identificar corretamente todos os corpos, pois cerca de quatro décadas antes um transatlântico, o RMS Atlantic com 535 pessoas a bordo, também pertencente a White Star Line veio a bater nas rochas e naufragou na costa da Nova Escotia. Neste acidente não houve um devido controle sobre os corpos e tendo seus pertences roubados e muitos não poderiam ser identificados.
Sendo assim, o senhor John Henry Barnstead pensou numa formula para marcarem cada corpo facilitando a sua identificação: “O Método Barnstead”.
Este método revolucionário seguia um padrão: identificação, numeração e pertences. Assim foi passado aos tripulantes do CS Mackay-Bennett que cada corpo seria marcado com um número. Este número seria o número do inventario descrevendo a pessoa, suas roupas que eram retiradas e queimadas para evitar caçadores de suvenires e seus pertences. Tudo na presença de duas testemunhas para não haver erro nem roubo. E seus pertences eram colocados em sacos com o mesmo número. Sem falhas!
Até hoje em grandes desastres é usado este método por policiais, bombeiros e guarda costeira, e foi usado inclusive nos atentados de 11 de setembro.
E a sabedoria do senhor John Henry Barnstead não parou por aí:
O CS Mackay-Bennett foi o primeiro navio de três a recuperar os corpos do RMS Titanic e ficaram 13 dias recolhendo-os. Nestes dias foram recolhidos 306 corpos do oceano, dos quais 190 foram entregues em Halifax. Destes 65 foram identificados e 125 não identificados. Os demais 56 corpos identificados e 60 corpos não identificados foram deixados no oceano, mas com um funeral adequado e respeitoso e seguindo a norma de que a profundidade tenha no mínimo de 182 metros e um peso que não deixa o corpo flutuar. Havia no navio um vigário anglicano que presidiu todos os funerais.
O senhor John Henry Barnstead separou a quadra do time de hóquei da cidade, pois era o local mais frio que poderia ajudar a retardar a decomposição dos corpos. Nesta quadra as famílias que procuravam por seus entes queridos que fossem passageiros, poderiam fazer o reconhecimento do corpo. Os corpos que não foram reconhecidos ou seus familiares não poderiam comparecer a Halifax, o senhor John Henry Barnstead teve a ideia de contratar um fotografo para poder fotografar o rosto da pessoa morta antes que a decomposição avançasse e tivesse que ser enterrado. Assim num futuro através da foto o corpo ainda teria chances de ser identificado.
No cemitério de Halifax hoje há 121 túmulos dos passageiros do RMS Titanic dos quais 40 não obtiveram identificação.

Estes túmulos existem, pois a empresa responsável pelo RMS Titanic cobraria para transportar o corpo de volta a Inglaterra e muitas famílias não tinham dinheiro. Talvez até estas 40 pessoas desconhecidas poderiam ter famílias, mas eles resolveram se calar pela falta de dinheiro.





Um comentário:

  1. Já te mandei no e-mail, mas reforço aqui. Agora vc pode colocar o vídeo do documentário.
    Link: http://youtu.be/yFNM0CFKghs
    E isso é graças a vc Marciela!
    Valeuuuu!!!!!!!

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