segunda-feira, 21 de julho de 2014

Lenda: Pest Jungfrau ( Donzela da Peste)

A Peste Negra foi uma das pragas mais devastadoras a visitar a humanidade. Ela ceifou um terço da população da Europa no século 14. Parte do terror era que ninguém realmente entendia o que estava causando a morte de milhões e, portanto, não se sabia como evitar a infecção. A melhor explicação apresentada pelos acadêmicos da Universidade de Paris foi a de que a peste era causada por uma combinação de terremotos e de um malfadado alinhamento dos planetas. O alinhamento maligno não só causara a peste, mas também levantara tempestades que espalharam gases nocivos pela Terra, gases que haviam sido liberados pelos terremotos.
Mas, as pessoas comuns não podiam compreender ideias tão sofisticadas. Elas preferiam acreditar que a praga era um castigo de Deus, um presságio do fim do mundo. Centenas de lendas surgiram para explicar a propagação da doença. Uma das
mais conhecidas é a lenda austríaca da Pest  Jungfrau, ou Donzela da Peste. Essa mulher sobrenatural era descrita como um ser envolto em uma chama azul que voava sobre toda a terra, espalhando o contágio da doença. Na Escandinávia, pessoas juravam tê-la visto sair da boca de uma vítima da peste, também como uma chama azul e voar para longe, a fim de infectar a próxima casa. Na Lituânia, a donzela acenava um lenço vermelho através da porta ou da janela para deixar  a peste entrar. Certa história fala de um homem heroico que deliberadamente esperou a donzela em sua janela com uma espada desembainhada. Ela veio, e logo que estendeu a mão para acenar o lenço mortal, o homem a golpeou,  cortando o membro. O valente herói morreu como resultado de sua ação, mas sua aldeia foi poupada, sendo o lenço preservado como relíquia na igreja local.
Personificar a praga era muito comum nas lendas medievais. Nas pós-medievais Suécia e Noruega, a doença foi retratada como um casal de velhos viajantes, o homem carregava uma pá e a mulher uma vassoura. Se o velho homem com a pá chegasse numa aldeia, ele pouparia algumas pessoas, mas se fosse a anciã com sua vassoura, "nem as mães, nem as crianças de peito, escapariam da morte."

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