terça-feira, 8 de julho de 2014

Holodomor: o genocídio ucraniano



Como ocorre em todos os regimes totalitários, a Rússia bolchevista temia toda e qualquer manifestação de sentimento nacionalista entre aqueles povos que eram reféns do regime.  A propaganda bolchevique relativa aos direitos das várias nacionalidades dentro da esfera de influência da Rússia mascarava o temor do regime em relação ao poder do nacionalismo.
No início de 1918, o líder russo Vladimir Ilitch Lênin tentou impor um governo soviético sobre o povo da Ucrânia, o qual, apenas um mês antes, em janeiro, havia declarado sua independência.  De início, o objetivo de Lênin havia sido aparentemente alcançado.  Esse governo soviético imposto à Ucrânia tentou de imediato suprimir as instituições educacionais e sociais ucranianas; há até relatos
sobre a Cheka, uma precursora da KGB, matando pessoas pelo crime de falar ucraniano nas ruas.
Embora o povo ucraniano tenha, ao final de 1918, conseguido restabelecer sua república, essa vitória foi efêmera.  Lênin, sem dúvida, iria querer incorporar a Ucrânia ao sistema soviético de qualquer jeito, porém seu real desejo de assegurar o controle da Ucrânia era por causa de seus grandes recursos naturais.  Em particular, a Ucrânia ostentava o solo mais fértil da Europa — daí o seu apelido de "o manancial da Europa".
Já no início de 1919, um governo soviético havia novamente sido estabelecido na Ucrânia.  Porém, esse novo governo soviético acabou se tornando mais um fracasso.  Todos esses eventos estavam ocorrendo durante a Guerra Civil Russa, e a ajuda de facções rivais contribui para um segundo triunfo da independência ucraniana.
Com esses dois fracassos, o regime de Lênin aprendeu uma valiosa lição.  De acordo com Robert Conquest, autor do livro The Harvest of Sorrow (A colheita do sofrimento), "Concluiu-se que a nacionalidade e a língua ucraniana eram de fato um elemento de grande peso, e que o regime que ignorasse isso de maneira ostentosa estaria fadado a ser considerado pela população como uma mera imposição usurpadora."
Quando os soviéticos adquiriram o controle da Ucrânia pela terceira e última vez em 1920, eles constataram que iriam enfrentar uma contínua resistência e incessantes insurreições a menos que fizessem grandes concessões à autonomia cultural ucraniana.  E assim, pela década seguinte, os ucranianos basicamente não foram incomodados em seu idioma e em sua cultura.
Porém, uma facção dos comunistas russos se mostrou incomodada com isso, e seguidamente alertava que o nacionalismo ucraniano era uma fonte de intolerável divisão dentro do quadro militar soviético, e que, mais cedo ou mais tarde, a situação teria de ser confrontada de alguma maneira.


(abaixo continuam as partes,2,3 e 4)

O termo Holodomor (em ucraniano Голодомор ou morte por fome) designa o genocídio praticado pela União Soviética nos anos 1932 e 1933 na Ucrânia após a coletivização forçada. Sete milhões de pessoas, das quais três milhões de crianças, foram eliminadas sistematicamente através da supressão dos gêneros alimentícios
produzidos pela Ucrânia, e o seu desvio para outras repúblicas soviéticas a preços subsidiados, num processo que ficou conhecido como "Dumping Soviético". A fome atingiu também as regiões ao sul da Rússia, médio e baixo Volga, sul do Ural, norte do Cazaquistão e oeste da Sibéria porém o termo Holodomor refere-se apenas aos mortos de etnia ucraniana. Foram prejudicadas principalmente as áreas de cultura agrícola que tinham condições de produzir excedentes para a alimentação populacional. No auge do genocídio, 25.000 pessoas morriam de fome todos os dias na Ucrânia.
O genocídio foi idealizado e planejado pelo membro do Partido Comunista da União Soviética Lasar Kaganowitsch, nascido em Kiew (Ucrânia) de pais judeus e colocado em prática por Josef Stalin. A fome, já usada antes na Fome russa de 1921, era o meio usado pela URSS para eliminar qualquer resistência ou oposição da população ucraniana, na época composta por 80% de camponeses, ao regime comunista.
Histórico
Stanislaw Redens, cunhado de Josef Stalin e dirigente da polícia secreta soviética na Ucrânia, recebeu a incumbência de liquidar os proprietários de fazendas que empregavam trabalhadores assalariados (denominados de Kulak), e os contrarevolucionários que se opunham à política de coletivização da União Soviética. Houve a prisão de milhares de dirigentes de Kolchoses (fazendas coletivas), e por não ter sido alcançada a meta de produção de cereais em 1933, Stanislaw Redens foi destituído de suas funções. Em 1933, a catástrofe foi levado ao conhecimento
público mundial pelos jornalistas Gareth Jones e Malcom Muggeride. A reação pró-soviética surgiu com o jornalista Walter Duranty, que desdenhou a gravidade do drama.
O termo Holodomor compõe-se das palavras ucranianas Holod e Mor. Holod significa "fome" e Mor significa "morte", Assim Holodomor significa literalmente "morte por fome".
Os responsáveis
Em julho de 2009, o Ministério Público ucraniano publicou uma lista de funcionários graduados do regime soviético, do partido comunista e do NKVD (serviço secreto soviético da época), envolvidos com o Holodomor. Destes, reconheceu principalmente lituanos e judeus como responsáveis pelo planejamento e a execução do crime. Em conseqüência, o "Conselho Central dos Judeus" solicitou ao Ministério Público “rever” a lista, eis que a mesma poderia incentivar o ódio racial na Ucrânia.
As controvérsias
Sobre as causas do Holodomor há diversas concepções. Principalmente historiadores ucranianos enfatizam que se trata de um crime consciente, organizado e executado pelo regime soviético de Josef Stalin. O historiador judeu Miklós Kun, neto de Béla Kun, informa: " Foi um assassinato de milhões de seres humanos, executado de forma consciente e sistemática. (...) Enquanto em povoados ucranianos as pessoas desesperadas e alucinadas pela forme comiam folhas e brotos das árvores, gêneros alimentícios ucranianos eram revendidos em outras repúblicas soviéticas a preços subsidiados, no que se passou a chamar de "Dumping Soviético"..."
Em contrapartida, historiadores russos argumentam que a fome decorreu de colheitas fracassadas, situação ainda agravada pela coletivização da agricultura e a
decorrente oposição dos agricultores ucranianos. Tal fato porém não impediu a União Soviética de exportar cereais. O escritor, jornalista e sociólogo Gunnar Heinsohn, constata que na Ucrânia, no Casaquistão e em algumas áreas do Cáucaso houve fortes resistências às desapropriações decorrentes das coletivizações agrícolas forçadas. A apreensão de víveres para agravar a fome, foi um meio utilizado para quebrar a oposição às desapropriações e para enfraquecer os movimentos separatistas destes povos. Evitou-se também o atendimento aos esfomeados e impediu-se as pessoas de se retirar das localidades atingidas pela fome.
Gunnar Heinsohn caracteriza esta realidade como uma mistura de genocídio com "politicídio".
A denúncia da verdade dos fatos muitas vezes é desdenhada por motivos políticos como “anticomunismo malévolo”
Os defensores do conceito de crime de fome, consideram o Holodomor como fenômeno específico ucraniano e o denominam como "Ato de genocídio contra o povo ucraniano", provocado conscientemente pelo regime stalinista.




Fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1046
Fonte: http://pt.metapedia.org/wiki/Holodomor
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Holodomor

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