quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Lendas do Brasil: Espirito Santo

Olá meus caros e irrequietos mundanos é com alegria que hoje publico algumas das lendas que fazem parte da rica cultura de nosso imenso país,soei patriota?Ótimo sou mesmo com as coisas boas que a terrinha oferece!!!!!
Todos sabemos que temos uma cultura riquíssima,mas que infelizmente não é muito difundida,o que é uma verdadeira lástima já que poderiam tomar as mais variadas vertentes indo de um conto clássico a um terror paralisante.,mas não vou modificar nenhuma lenda para o lado negro da força por enquanto,apenas mostrarei um pouco de sua história,afinal elas datam de uma certa década e isso diz muito sobre o comportamento e costumes de certas regiões do país.
Então com muito gosto venho trazer algumas lendas do Espirito Santo.

Praia dos Padres
Os antigos moradores da região diziam que a praia era “assombrada”, pois escutavam pescadores conversando, como se os barcos estivessem se aproximando e quando chegavam a praia nada viam além de onda e água. Ao anoitecer escutavam pessoas falando e gritando, parecia que a ela estiva cheia de veranistas. O mar subia tanto que no dia seguinte as raízes das castanheiras pareciam dedos de uma mão velha e cansada – mãos de bruxa.

Todos estes fatos estranhos deixavam os moradores assustados. Para acabar com as assombrações, todo padre que aqui chegava era levado a benzer e rezar a praia, originando o nome da praia.



Mãe Bá
jenniartes.blogspot.com.br/2011/06/desenhos-indias
Havia em Guarapari uma grande lagoa e as suas margens habitava uma tribo de índios que em determinada época foi chefiada por uma velha índia chamada BÁ. Alem de chefe ela era curandeira, protetora e conselheira de toda a tribo, e por isso era considerada a “mãe” de todos, que em tupi-guarani é ESSÉ e significa “olhar por todos”.
Certo dia uma indiozinho adoeceu e BÀ tentou curá-lo com pajelança, ervas e raízes, enfim todos os recursos naturais de que dispunham, sem resultado. Apelou então para uma oferenda aos Deuses da Natureza na lagoa. Pegou uma canoa e foi remando até o meio, de repente algo de estranho aconteceu. Era como se os espíritos estivessem contra ela, por tê-los desafiado. BÁ gritou aterrorizada, os índios foram até a lagoa e viram a canoa virada e com marcas de sangue. Dias depois o corpo de BÁ apareceu com marcas de violência. Os índios pegaram o corpo e cremaram, conforme seus costumes e jogaram a cinza na lagoa. Depois disso, de acordo com a história houve uma grande abundância de peixes na lagoa e em homenagem a índia – recebeu o nome de “LAGOA de MÃE-BÁ.


A sereia de Meaípe
Diz a lenda que um navio holandês naufragou em águas capixabas e alguns sobreviventes aportaram em Meaípe, lançados à praia pelas ondas e abraçados a pedaços de madeira. Os silvícolas os receberam como dádivas dos deuses do oceano, não apenas por serem jovens, mas por terem os cabelos do sol e os olhos do mar.
Os sobreviventes passaram a usufruir a hospitalidade dos índios e, aos poucos, foram se inteirando de sua língua, seus costumes, suas crenças. A miscigenação foi conseqüência natural da convivência e da adoção da nova terra e do novo povo e muitos deles se casaram com aquiescência do cacique goitacá.
Entretanto, um dentre os náufragos não pretendia viver em Meaípe e excursionava pelo litoral capixaba em busca da civilização. Certa vez, avistou uma linda moça em meio às ondas.
Era uma visão fascinante sob os raios da lua que se refletiam em seus longos e sedosos cabelos e prateavam as águas cristalinas.Ao tentar se aproximar, ela mergulhou e, de longe, passou a entoar uma linda e estranha cantiga, desaparecendo depois.
O rapaz que se chamava Augusto ficou encantado pela moça e permaneceu no local determinado a reencontrá-la. A sereia, pois era uma sereia- reapareceu e dessa vez, conversou com ele e disse chamar-se Mariana. Contente, Augusto tentou se aproximar mais e mergulhou, nadando em sua direção. Mariana gritou-lhe que não o fizesse porque sabia que a Mãe-d´àgua jamais aceitaria um relacionamento entre ela e um ser humano. Mas Augusto não lhe deu ouvidos e foi arrastado para as profundezas, tendo sido transformado numa rocha pela Mãe- d´água.
Mariana, debulhada em lágrimas, passou a noite sobre a rocha entoando tristes canções. No entanto, no dia seguinte, sabedora de que Augusto ficara amigo do pajé da tribo, Mariana o procurou e contou o que acontecera. O pajé explicou que nada poderia fazer porque o feitiço só poderia ser desfeito pelo próprio Augusto. Como Mariana considerava isso impossível, já que Augusto estava petrificado, pediu ao feiticeiro que a transformasse em um ser humano.
Recebeu uma poção das mãos do pajé, tomou-a e adormeceu a ao acordar viu que sua cauda foi substituída por lindas pernas.
Mariana logo se acostumou à nova situação e passou a dar longas caminhadas pela praia. Um dia um siri a viu, a reconheceu e espalhou a novidade pelos sete mares. Quando a Mãe-d´àgua tomou ciência da transformação de Mariana, ficou furiosa e partiu para Meaípe, montada em seu cavalo, em busca da sereia rebelde. No entanto, os deuses protegem amantes e, ao se aproximar velozmente da pequena praia, seu cavalo tropeçou lançando-a sobre uma pedra. Augusto, em troca, teve de volta sua forma humana, e, como em todas lindas histórias, casou-se com Mariana e foram felizes para sempre

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