Essa é uma lenda tipica do Acre,mas muda um pouco conforme a região do país.
Rasga-Mortalha
Tudo começou com uma jovem de trinta e cinco anos de idade,
um pouco gorda e de pele muito branca. A jovem se chamava Suindara, trabalhava
como carpindeira (mulheres com mais de trinta anos que eram pagas para chorarem
em velórios e cemitérios) e era filha de um temido feiticeiro chamado Eliel. A
jovem Suindara era muito inteligente e respeitada na sua comunidade, todos a
conheciam como "Coruja Branca". Suindara levava uma vida normal,
exceto pelo fato de ser carpindeira.
Os problemas da jovem iniciaram quando ela começou a namorar
as escondidas com um rapaz chamado Ricardo, que era filho de uma condessa
chamada Ruth. A condessa era conhecida por sua rigidez e era muito
preconceituosa. Se o romance de Suindara e Ricardo fosse descoberto, jamais
seria aceito pela condessa, mas Ruth acabou descobrindo e arquitetou um plano
malévolo para acabar com a relação dos dois.
A condessa mandou que sua empregada Margarida entregasse um
bilhete para a carpideira dizendo que contrataria os seus serviços e para isto
seria necessário que as duas se encontrarem atrás de uma cripta azul , que
ficava no local mais afastado e escuro do cemitério .
Assim que Suindara chegou no local combinado foi assassinada
por um empregado de Ruth. Todos lamentaram muito quando ficaram sabendo da
morte da jovem, a enterraram em um luxuoso mausoléu e para homenageá-la
esculpiram uma enorme coruja branca no meio da sua cripta.
Eliel, utilizou as cartas de tarô e acabou descobrindo que a
verdadeira assassina de sua filha era a condessa da aldeia. Foi aí que ele
resolveu executar um poderoso ritual para se vingar da assassina. Eliel foi até
o túmulo de sua filha e executou sua magia. O espírito da moça penetrou na
enorme estátua de coruja branca e fez com que ela criasse vida própria. A
coruja saiu voando pela aldeia e foi até a sacada da janela do castelo onde
dormia Ruth, começou a piar um canto estranho, semelhante ao som de roupa de seda
sendo rasgada. Durante toda a noite a aldeia ouvia assustada o som
aterrorizante da ave. No dia seguinte a condessa amanheceu morta e suas roupas
de seda foram encontradas rasgadas, como se alguém as tivesse cortado.
A partir desse evento, a coruja começou a soltar seus gritos
aterrorizantes sempre que alguém estava perto de morrer na aldeia. Até hoje as
pessoas ainda temem quando a "rasga-mortalha" sobrevoa suas casas
soltando "gritos", pois bom sinal não é. Existe até um "contra-feitiço"
para a maldição da coruja, são palavras que se diz para afastar o agouro do
animal: " Aqui não tem tesoura nem pano, não tem ninguém morando
aqui" Eu mesmo já testemunhei morte de gente que foi "agourada"
pela "rasga-mortalha", pode até ter sido coincidência, mas quem sou
eu para duvidar?!
Cara , Eu não só conhecia essa lenda mas como de certa forma presenciei ( ta não presenciei , mas ouço desde pequeno essa historia)
ResponderExcluirAconteceu com minha avó e até postei no Medo Sensitivo:
http://medosensitivo.blogspot.com.br/2013/04/relatos-de-minha-familia-1-curuja.html
Eu li a sua história Silvio,e conheço várias pessoas que tem essa superstição, e ela fica ainda maior quando algo assim coincide com certas lendas de que já temos algumas cismas...
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