Outro dia estava conversando com uma amiga e acabamos falando sobre bruxas, vampiros e outros tipos de seres sobrenaturais, e foi aí que ela me deu a ideia de fazer uma postagem sobre o assunto, acabei encontrando um texto bem legal, que mostra um pouco da crendice popular e superstições de Florianópolis, é um texto bem interessante; Bel Varela obrigada pela sugestão.
Florianópolis também é conhecida como “a ilha da magia”,
muitas pessoas afirmam já ter visto bruxas nas praias de Florianópolis, e que
ao serem avistadas, transformavam-se em passarinhos, borboletas, etc.
Antigamente, quando um recém-nascido começava a emagrecer e
definhar até a morte, principalmente os que ainda não haviam sido batizados,
acreditava-se em "doença da bruxa". Os pais, ao colocarem o caixão da
criança atravessado na porta da casa, a primeira mulher que aparecesse seria a
bruxa, vindo mais uma vez buscar a vida de uma criança, para assim manter-se
eternamente jovem. Em função da crendice era costume proteger as crianças
dando-lhes remédios à base de alho e colocando tesouras abertas embaixo dos
seus travesseiros.
Os antigos contam que a bruxa era má. Suas vítimas eram
sempre crianças, animas pequenos, lavouras em crescimento. É o que dizem os
moradores mais antigos na ilha. Outros contam que, para descobrir uma bruxa é
muito simples: tira-se todos os móveis da sala da casa, e aí, bem no meio, a
dona da casa deve repetir três vezes, bem alto o nome da mulher que ela acha
que é bruxa e que é vizinha ou está por perto. Daí a pouco, se esta mulher é
mesmo bruxa, vai aparecer e perguntar, fingindo inocência: "A senhora me
chamou, vizinha?".
E o melhor mesmo, segundo os moradores da ilha, é rezar o
Pai-Nosso e a Ave-Maria toda sexta-feira às 18:00h, e andar sempre com alho no
bolso, para proteção, pois a bruxa de hoje não tem qualquer aparência especial.
É uma mulher comum, que pode ser até uma moça bonita, não voa em vassoura e não
tem chapéu pontudo.
Dizem que têm pacto com o demônio, lançam maus olhados,
acarretam enfermidades com os seus bruxedos, etc. Costumam transformar-se em
mariposas e penetrar nas casas pelo buraco das fechaduras.
Têm por hábito chupar o sangue das crianças ou mesmo de
pessoas adultas, fazendo-as adormecer profundamente. A marca do chupão deixado
na pele, chamado o vulgo de "melancolia". Para que as crianças não
batizadas não sejam atacadas pela bruxas, deve-se à noite conservar a luz acesa
no quarto. Sabe-se que uma mulher é bruxa, quando dá a apertar a mão canhota
esquerda.
Para se descobrir a bruxa que chupa o sangue da criança e
ela logo apareça, soca-se, em um pilão a camisa da criança ou da pessoa por ela
chupada. Ela logo se apresenta e pede para que não façam aquilo.
Existe também uma oração contra elas; quem a possui consegue
descobri-la e prendê-la e também não adormece quando ela à noite penetra em
casa. A pessoa assim premunida toma, para prendê-la, de um tacho ou uma medida
de alqueire e logo que a bruxa entra em casa, emborca o tacho ou a medida e ela
fica incapaz de sair.
Há ainda outro processo de identificar uma bruxa: vira-se a
lingueta da fechadura de uma canastra. A bruxa, ao entrar em casa, a primeira
coisa que faz é pedir para endireitar a lingueta.
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